O agricultor Alfredo Lustosa de Alencar, que disputou o cargo de vice-prefeito em Santa Filomena, nas eleições municipais de 2016, perdeu uma terra nominada de Fazenda Angico, de 1.095 hectares, que é avaliada em R$ 3 milhões após uma disputa judicial com a empresa Solo Sagrado Colonização e Negócios Ltda, do agronegócio piauiense. A disputa pela propriedade rural começou em outubro de 2024 e a decisão mais recente foi proferida em 13 de março deste ano, pela juíza Lucyane Martins Brito, da Vara de Conflitos Fundiários.
Em 29 de outubro de 2024, a disputa judicial pela terra começou quando Alfredo Lustosa de Alencar ajuizou uma ação de interdito proibitório contra uma invasão de território da propriedade rural. Nessa ação, Alfredo alegou ser o legítimo possuidor da Fazenda Angico, uma área de 1.095 hectares, localizada em Santa Filomena, e relatou que, em 14 de outubro de 2024, foi surpreendido com o desmatamento da área.

Alfredo também afirmava ter um título provisório de posse emitido pelo Instituto de Terras do Piauí (Interpi). Com isso, o juiz Valdemir Ferreira Santos concedeu uma liminar favorável a Alfredo. Em janeiro de 2025, o agricultor retornou à propriedade e encontrou a área plantada com milheto. Com base nisso, Alfredo pediu a transformação da ação em reintegração de posse, e o juiz deferiu o pedido, determinando a expedição de um mandado para que ele recuperasse a terra.
Empresa Solo Sagrado entra no processo
Já em janeiro de 2025, a empresa Solo Sagrado Colonização e Negócios Ltda. entrou no processo com embargos de terceiro, alegando ter direitos sobre a mesma área e apresentou documentos, assim conseguindo uma liminar que suspendeu as decisões anteriores, revertendo a posse em seu favor.
No dia 13 de março de 2025, juíza Lucyane Martins Brito determinou a suspensão do mandado de reintegração de Alfredo Lustosa e ordenou a expedição de um novo mandado em favor da Solo Sagrado que, atualmente, tem o direito de posse sobre a Fazenda Angico.
Outro lado
Alfredo Lustosa de Alencar e a empresa Solo Sagrado Colonização e Negócios Ltda. não foram localizados para comentar sobre a disputa judicial. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
Ver todos os comentários | 0 |