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Demerval Lobão - Piauí

Polícia indicia homem por vilipêndio de cadáver contra filho da juíza Maria da Paz Miranda

O inquérito policial foi finalizado no dia 21 de janeiro, e assinado pela delegada Jailza Pinheiro.

A Polícia Civil do Piauí indiciou um homem identificado como Marcus Aurelio da Costa Lima, acusado do crime de vilipêndio de cadáver contra Antônio José de Miranda Dantas Junior, filho da juíza da Vara Única de Demerval Lobão, Maria da Paz e Silva Miranda. O inquérito policial foi finalizado no dia 21 de janeiro de 2025, e assinado pela delegada de Polícia Civil de Demerval Lobão, Jailza Gomes Pinheiro. Conforme a investigação, o acusado ofendeu a honra de Dantas Júnior, como era conhecido, através de mensagens no Whatsapp, manchando a memória da vítima, já falecida.

Nas mensagens, o acusado fazia referências depreciativas ao falecido, sugerindo, por exemplo, que ele não obteve êxito em suas ações. Na conversa pelo aplicativo de mensagens, o investigado afirma: “Opa era pra ser no privado, mas já que foi assim deixa aqui mesmo, mas quiser isso aí vai ser igual o Dantas Júnior, nada”.


Foto: Lucas Dias/GP1Juíza Maria da Paz
Juíza Maria da Paz

Em outro áudio, o indiciado se referiu novamente ao filho da magistrada, relembrando que este perdeu uma eleição para prefeito de Demerval Lobão. “A candidatura dele vai ser a campanha dele vai ser que nem a do Miranda Dantas Júnior, é Dantas Júnior, né? Foi uma coisa assim que o pai dele chegou gastou fez ajudou muita gente e no final não saiu nada”, afirmou o denunciado.

As mensagens foram encaminhadas ao Ministério Público do Piauí (MPPI), que instaurou uma notícia de fato ara apurar a conduta do acusado, e posteriormente solicitou à autoridade policial que apurasse se as declarações configuravam como vilipêndio de cadáver. Nesse caso, foi considerado que o vilipêndio de cadáver perpassa a interpretação de corpo físico, e sim memória do falecido que também resulte na ofensa de sua dignidade, causando sofrimento aos familiares.

Na fase investigatória, Marcus Aurélio chegou a ser ouvido, ocasião em que confessou ter mandado as mensagens, porém sem o intuito de manchar a imagem da vítima, e que não cometeu nenhum crime. Ele ainda afirmou que se dirigiu ao Fórum da cidade, onde conversou com a juíza Maria da Paz Miranda, mãe da vítima, e que ela aceitou suas desculpas.

Mesmo assim, considerando os indícios de autoria e materialidade da conduta, a delegada Jailza Pinheiro resolveu indiciar o acusado.

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