O delegado Abimael Silva, da Delegacia de Homicídios de Parnaíba, afirmou que vai investigar a possibilidade de o acusado de matar por envenenamento quatro pessoas da mesma família, ter envolvimento na morte dos irmãos Ulisses Gabriel Silva e João Miguel Silva, também envenenados, ano passado. Francisco de Assis Pereira da Costa foi preso recentemente e teve sua prisão preventiva decretada.
Ulisses e João Miguel morreram ano passado após consumirem veneno. Eles eram filhos de Francisca Maria da Silva, que morreu envenenada com mais dois filhos e um irmão no início deste ano.
Até então, a suspeita de envenenar Ulisses e João Miguel era Lucélia Maria da Conceição, vizinha das crianças. Segundo a polícia, ela teria dado cajus contaminados aos dois meninos, ocorre que, na semana passada, saiu o laudo pericial indicando que não havia veneno nas frutas. No inquérito, a polícia concluiu que ela seria culpada pelo fato de ter sido encontrada na casa dela a mesma substância detectada no organismo dos irmãos.
Reviravolta
Depois que foi descartada a possibilidade de envenenamento pelos cajus, a defesa de Lucélia e o Ministério Público pediram sua liberdade provisória, que foi deferida pela Justiça.
Investigação
Segundo o delegado Abimael Silva, Francisco de Assis Pereira disse que não estava em Parnaíba em agosto do ano passado, ocasião em que Ulisses e João Miguel foram contaminados. Essa versão apresentada por ele está sendo investigada. “Ele disse que não estava lá, estamos investigando se ele está dizendo a verdade”, explicou.
Francisco de Assis era padrasto de Manoel Leandro e Francisca Maria da Silva, que morreram envenenados após comerem um arroz na casa onde todos eles viviam. Dois filhos de Francisca, Maria Lauane e Igno Davi, também foram contaminados e morreram. Agora, a polícia investiga se há ligação entre os dois casos de envenenamento, considerando que todas as crianças mortas eram filhas da mesma mãe e que, segundo as autoridades, Francisco mantinha relação conflituosa com os enteados.
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