O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, envolvido em denúncias envolvendo casos de assédio sexual revelados pela ONG Me Too Brasil, estaria tentando afastar uma corregedora da pasta desde junho, conforme apuração do jornalista Octávio Guedes. A corregedora, identificada como Tatiane Pires, estava à frente de investigações sobre suspeitas de assédio, embora não especificamente sobre casos envolvendo o ministro.
De acordo com a apuração, Silvio Almeida teria solicitado ao ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius de Carvalho, o afastamento de Pires. O chefe do Ministério dos Direitos Humanos alegou que a corregedora estava agindo de forma injusta ao perseguir um servidor acusado de assédio sexual e que ela estaria lidando com processos administrativos disciplinares abertos na gestão anterior, sob Damares Alves, como uma forma de perseguição ideológica.
No vídeo divulgado nas redes sociais na quinta-feira (5), Silvio Almeida negou as acusações de assédio sexual com “absoluta veemência” e afirmou que está sendo alvo de uma “campanha orquestrada contra ele”. Almeida reforçou sua posição ao descrever denúncias como uma tentativa de manchar sua reputação.
O pedido de afastamento da corregedora e a reação do ministro dos Direitos Humanos aumentaram a complexidade do caso, que está sendo investigado pela Polícia Federal, Ministério Publico e Comissão de Ética Pública. As investigações buscam esclarecer as acusações de assédio moral e sexual que envolvem Silvio Almeida, enquanto ele continua a negar qualquer irregularidade.
Com colaboração da repórter Izabella Furtado
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