Uma mulher identificada como Lucélia Maria da Conceição Silva, 52 anos, acusada de envenenar os irmãos Ulisses Gabriel Silva, de 8 anos e João Miguel Silva, de 7 anos, em Parnaíba, teve a prisão preventiva decretada durante audiência de custódia realizada neste domingo (25). A decisão foi assinada pelo juiz de Direito da Vara Núcleo de Plantão Parnaíba, Marcos Antônio Moura Mendes.
No documento, o juiz ressaltou que ficou demonstrada a materialidade delitiva e que existem indícios suficientes de autoria, tais como veneno encontrado na residência de Lucélia Maria, bem como histórico de agressões a crianças, segundo o relato de vizinhos.
“A reiteração de atos contra a vida de crianças não é desprezível, considerando-se o histórico relatado nos autos (lesão corporal com água quente em crianças, por exemplo). Obviamente que as circunstâncias do crime (tentativa de homicídio contra crianças) serão aprofundadas, mas neste momento de cognição perfunctória, típica de decisões cautelares, o risco de reiteração de crimes contra crianças impõe a conversão do flagrante em prisão preventiva”, destacou o juiz Marcos Antônio Moura Mendes.
Estado de saúde das vítimas
Os irmãos Ulisses Gabriel Silva, de 8 anos, e João Miguel Silva, de 7 anos, deram entrada no Hospital de Urgência de Teresina, nesse domingo (25), em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Urgência de Teresina, já em estado grave. Conforme o HUT, os garotos “estão internados na UTI Pediátrica, em estado grave. As crianças estão em coma e respirando com a ajuda de aparelhos”, conforme divulgado pela assessoria do hospital.
Entenda o caso
Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, foi presa na sexta-feira (23), na cidade de Parnaíba, acusada de envenenar dois irmãos de 7 e 8 anos.
De acordo com informações do 2º Batalhão da Polícia Militar, o envenenamento teria ocorrido na noite da última quinta-feira (22). Os passaram mal após ingerirem um alimento oferecido por Lucélia Maria, que é vizinha das vítimas.
Durante a prisão da mulher, muitas pessoas protestaram em frente ao imóvel e tentaram linchar Lucélia. Após ela ser levada pelos policiais, populares revoltados com o envenenamento de duas crianças atearam fogo na casa onde a mulher morava, no Conjunto Dom Rufino 2, no bairro Primavera.
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