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Teresina - Piauí

Juíza manda policial para o banco dos réus por colocar arma na cabeça de delegado em Teresina

Decisão foi dada pela juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 4ª Vara Criminal de Teresina.

A juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, aceitou denúncia do Ministério Público contra o policial civil Juarez de Sousa Pereira, conhecido como “Mão de Onça”, acusado de colocar um revólver calibre .38 na cabeça do delegado Walter Cunha, durante cumprimento de mandado de prisão contra o neto do policial, pelas equipes do Departamento Estadual de Narcóticos (DENARC) e do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), em abril de 2022, na Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina.

Em decisão proferida no dia 22 de julho, a magistrada aceitou a denúncia formulada pelo promotor Sávio Eduardo Nunes de Carvalho e marcou a audiência de instrução e julgamento para o dia 19 de novembro de 2025, por videoconferência, com testemunhas, réu e vítima.


Foto: Alef Leão/GP1Tribunal de Justiça do Piauí
Tribunal de Justiça do Piauí

Entenda

O caso ocorreu no dia 13 de abril de 2022 e desde então passou a ser investigado pela Corregedoria da Polícia Civil do Piauí, que concluiu pela expulsão de Juarez de Sousa Pereira da corporação, em razão da gravidade da conduta perpetrada pelo policial contra membros da própria instituição.

Na época dos fatos, os agentes do DHPP foram até a residência do policial para dar cumprimento a um mandado de prisão e busca e apreensão contra o neto dele, investigado por participação em um homicídio, ocorrido na Avenida João XXIII, em um posto de combustíveis. Durante as diligências, os agentes foram surpreendidos por três disparos de arma de fogo que atingiram a viatura.

Ao entrar no imóvel, o policial civil sacou um revólver calibre .38 e o direcionou para a cabeça do delegado Walter Cunha, no entanto, a ação foi controlada pelas equipes no local. Realizada as buscas na residência, foram encontradas imagens que fazem alusão à facção criminosa PCC. Os policiais informaram que as investigações iniciais não apontaram que na residência morava um policial civil.

O neto do policial não foi encontrado no local. Recentemente, no dia 16 de julho deste ano, dois netos dele sofreram uma tentativa de homicídio na frente da sua casa.

Expulsão ainda não definida

Após a Corregedoria concluir pela expulsão, a Procuradoria Geral do Estado se manifestou e emitiu parecer contrário à exclusão de Juarez de Sousa Pereira. Tendo um lado a favor e outro contrário, a expulsão do policial ainda é analisada pelo secretário de Segurança Pública, Chico Lucas.

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