A Equatorial Piauí, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), realizou nesta segunda-feira (22) a aula inaugural da Escola de Eletricistas, programa de formação profissional voltado para a capacitação de eletricistas na rede de distribuição de energia elétrica. A primeira turma do ano, composta por 25 alunos em Teresina, iniciou o curso na sede da Equatorial Piauí, localizada na Rua João Cabral, no Centro da Capital.
O curso oferece uma carga horária de 40 horas semanais, totalizando 480 horas de formação profissionalizante, além de 112 horas de curso comportamental. O objetivo é desenvolver habilidades cognitivas como raciocínio lógico, comunicação, relacionamento interpessoal e estruturação do projeto de vida dos alunos.
Joaquim Milhomem, gerente de Experiência do Cliente da Equatorial Piauí, destacou que já foram formadas sete turmas de vinte e cinco pessoas cada, distribuídas entre Teresina e Parnaíba, e que a interiorização do programa está em expansão, incluindo também Picos. O curso é direcionado para a operação das redes do sistema elétrico de distribuição, e a Equatorial busca aproveitar ao máximo esses profissionais em suas operações, seja diretamente ou através de parceiras. Ele ressaltou a necessidade constante de atualização, modernização e qualificação da força de trabalho. O curso inclui não apenas um currículo técnico, mas também uma carga horária significativa de formação comportamental, abrangendo orientação de carreira, raciocínio lógico e relacionamento interpessoal, oferecendo uma formação ampla para preparar os alunos para diversas oportunidades.
“Bom, a escola de eletricistas é um projeto que consideramos já muito bem-sucedido, não só na Equatorial Piauí, não só no estado do Piauí, mas em todos os estados onde a Equatorial opera. São sete distribuidoras. Nós já formamos mais de mil pessoas, oferecendo a elas a oportunidade de ingressarem no mercado de trabalho, tanto no mercado de trabalho mais específico, que é o caso das nossas distribuidoras, quanto no mercado mais amplo. Então, entregamos ao mercado as pessoas formadas aqui, e elas vão naturalmente poder operar no sistema elétrico de distribuição em qualquer dos segmentos afetos a essa atividade. Formamos, pela história de eletricistas já no Piauí, sete turmas de vinte e cinco pessoas: cinco aqui em Teresina e duas em Parnaíba. Nessa edição da escola, estamos interiorizando ainda mais o programa, então teremos, além de Parnaíba, uma turma também em Picos, além de Teresina. Esses profissionais, quando preparamos esse curso de formação direcionado para a operação das redes do sistema elétrico de distribuição, é claro que pretendemos ter o máximo de aproveitamento para a nossa operação, seja diretamente na Equatorial, seja em uma das nossas parceiras. Temos uma força de trabalho bastante grande, com uma necessidade de atualização, modernização e de melhor e maior qualificação da nossa mão de obra. É um curso que, além do currículo mais técnico, tem também uma carga horária razoável, bem significativa de formação comportamental. Vamos oferecer aos estudantes uma formação de carreira, orientação para a carreira, e também uma parte do curso que tem a ver com raciocínio lógico e relacionamento interpessoal. É uma formação bastante ampla, exatamente para que tanto para a nossa operação quanto para outras oportunidades, as pessoas estejam prontas ao sair da formação”, destacou o gerente.
Além disso, Milhomem destaca a importância da segurança, mencionando que a política de segurança rigorosa da Equatorial é uma parte fundamental do treinamento dos alunos, preparando-os para operar em um ambiente de alto risco. “Operamos em uma área bastante arriscada e, assim como temos no dia a dia da nossa operação uma política bastante exigente no aspecto de observar os procedimentos de segurança, no curso todo este fundamento, toda essa preparação, é bastante difundida entre os alunos”, ressaltou Joaquim.
Sandra Ataíde, diretora de educação profissional e tecnológica do SENAI, explicou que o programa começou em 2022 com duas turmas em Teresina e foi expandido para Parnaíba no ano seguinte. Este ano, o programa continua em Teresina e Parnaíba, com uma nova ampliação para Picos, devido à alta demanda por profissionais no setor elétrico. Ela destaca que, ao concluírem o curso, praticamente todos os participantes estão aptos a ingressar no mercado de trabalho, graças à formação.
“Esta é uma parceria estratégica do SENAI com a Equatorial para o programa Escola de Eletricista. Então, nós iniciamos em dois mil e vinte e dois com duas turmas que aconteceram em Teresina, e no ano passado fizemos a ampliação para a cidade de Parnaíba. Este ano será em Teresina e Parnaíba, com ampliação para Picos. A demanda por profissionais no setor elétrico é muito grande. Então, mais duas entidades estão preparando profissionais que, ao concluírem o curso, estão aptos a ingressar no mercado de trabalho. Destacamos também a questão da inserção, que é praticamente cem por cento de todos os profissionais que concluem o curso. O SENAI entra na parte da formação profissional. São quatrocentas e oitenta horas, sendo sessenta horas do curso de eletricista de rede de distribuição, e temos as normas regulamentadoras NR10, que é o curso básico de segurança. Temos também direção defensiva e trabalho em altura. Então, o profissional sai além da formação profissional com todas essas NRs que garantem a segurança na atividade profissional. A Equatorial entra também com a formação comportamental. Por quê? Em algum momento, eles terão que ter essa interação com o público externo. Então, a Equatorial inicialmente prepara a parte comportamental, e depois o SENAI entra com a parte específica do curso, destacando que temos atividades com conteúdos teóricos e atividades práticas”, detalhou a diretora.
Adams Samuel, aluno do curso, destacou a importância do recomeço em sua carreira, pois já atuou na área elétrica, mas interrompeu sua atividade profissional por conta do nascimento de sua filha. Agora, com a filha prestes a completar dois anos e pronta para ser matriculada em uma creche, Adams está decidido a retomar sua carreira e vê no curso uma oportunidade para se qualificar e reintegrar-se ao mercado de trabalho.
“Para mim, a importância é recomeçar, né? Eu já atuei profissionalmente na área elétrica, mas dei uma parada quando minha filha nasceu. Agora, estou querendo retomar, pois ela já está completando dois anos e vou poder colocá-la numa creche. Assim, posso voltar ao mercado de trabalho. Vejo esse curso como uma oportunidade de resiliência, um recomeço, e também uma forma de me qualificar. Sei que cada grupo tem sua forma de trabalhar, então estou me adaptando para me reintegrar nesse grupo”, explicou o aluno.
A duração aproximada do programa é de quatro meses, e durante esse período, os participantes receberão uma ajuda de custo mensal para apoiar a conclusão da formação. A Escola de Eletricistas é alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente o que visa promover educação de qualidade.
Além disso, o programa contribui para erradicação da pobreza, igualdade de gênero, trabalho decente e crescimento econômico e redução das desigualdades até 2030.
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