O reitor da Universidade Federal do Piauí, Gildásio Guedes, se reuniu com os estudantes que invadiram a reitoria da instituição no final da manhã desta terça-feira (07). Os discentes trataram de demandas como melhorias nos quesitos de segurança, alimentação e infraestrutura. Além disso, conforme os alunos, o campus sofre com iluminação precária, ausência de internet e de laboratórios.
Conforme o estudante do curso de jornalismo da UFPI, Fábio Andrade, que é um dos diretores do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e membro do Movimento Correnteza, os alunos buscam soluções para as principais questões relacionadas à infraestrutura e perseguição aos discentes.
“A gente tem acumulado um conjunto de pautas onde as principais questões têm a ver com a infraestrutura, já tem muito tempo que queremos respostas sobre segurança, iluminação no campus, estrutura melhor, mas tem ultimamente piorado bastante, falta internet, o acesso ao Sigaa tem sido falho, iluminação é muito débil, recentemente entrou um rapaz no banheiro feminino com a pretensão de assediar, a gente tem lutado há muito tempo para que essas pautas sejam atendidos de um ano para cá ficou muito intenso, temos lutado para que não haja criminalização do movimento”, destacou Fábio.
Ainda segundo Fábio Andrade, durante audiência com o reitor e demais estudantes, foi denunciada a situação precária da residência universitária e um processo existente contra um aluno do curso de jornalismo, que teve seu nome citado em uma denúncia e corre o risco de perder bolsas de estudo e ser expulso da UFPI. A medida é mantida em sigilo.
“Na residência universitária, as preocupações são mais específicas. Eles incluem eletrodomésticos defeituosos, como geladeiras enferrujadas e máquinas de lavar que não funcionam, além de dormitórios com paredes infiltradas. Além disso, os estudantes pedem que não haja criminalização de um estudante específico do curso de Jornalismo, nomeado em uma denúncia e está enfrentando ameaças de perda de bolsas de estudo e expulsão da UFPI. A comunidade estudantil está lutando para que essas questões sejam resolvidas”, ressaltou.
O que o reitor diz
O reitor da UFPI respondeu aos estudantes afirmando que nunca aceitou ou ignorou a situação da universidade e que sempre esteve atento a qualquer ação que pudesse prejudicar docentes, técnicos e, principalmente, estudantes. Gildásio pontuou que sua principal preocupação é a segurança e que não faz parte de nenhum movimento repressor aos alunos.
“Eu nunca aceitei ou fiz vistas grossas à perseguição a qualquer tipo de movimentação estudantil. Nunca contribui para esse tipo de ação, pelo contrário, sempre estive atento a qualquer que seja o tipo de ação que possa prejudicar tanto os docentes quanto os técnicos e principalmente, aos estudantes, eu jamais estive voltado para outras questões que não fossem a segurança, eu não estou neste universo de movimento repressor, eu não faço parte desse tópico nem como gestor, nem como ser humano. A questão do arquivamento, estou sabendo agora desse processo”, disse o reitor Gildásio Guedes.
Durante a reunião, equipes da Polícia Federal e Polícia Militar chegaram a ir ao local, mas logo em seguida saíram da instituição.
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