O delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, afirmou que a morte do músico Carlos Henrique, ocorrida nessa quinta-feira (30), continuará sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mesmo após o Instituto de Medicina Legal (IML) informar não ter encontrado marcas de disparos de arma de fogo no corpo da vítima.
Em entrevista à imprensa na manhã desta sexta (31), o delegado-geral disse que a investigação permanecerá no DHPP para sanar quaisquer dúvidas em relação ao caso. Ele ressaltou que, mesmo que as investigações confirmem que o músico não foi baleado durante troca de tiros entre policiais e criminosos, os bandidos poderão responder criminalmente por terem causado o acidente e, consequentemente, a morte de Carlos Henrique.
“Decidimos manter a investigação aqui, para que não haja nenhuma dúvida, e se, ao final, se concluir que realmente o fato ocorreu dessa forma, pode até haver o indiciamento dessas pessoas que se encontravam no veículo desses bandidos pelo crime de homicídio e pelo dolo eventual”, declarou Luccy Keiko.
Causa da morte
Ainda segundo o delegado-geral, Carlos Henrique morreu vítima de politraumatismo. “As informações preliminares dão conta de que a causa mortis seria um politraumatismo, que as costelas da vítima quebraram, órgãos internos foram atingidos, e em decorrência disso ela faleceu”, concluiu.
Entenda o caso
O músico de 24 anos estava em um carro de transporte por aplicativo na madrugada dessa quinta-feira (30), quando o veículo foi atingido por uma SW4 conduzida por bandidos que fugiam da polícia, no cruzamento entre as avenidas Presidente Kennedy e Dom Severino. Após a colisão, os criminosos iniciaram uma troca de tiros com os policiais e Carlos Henrique foi ferido. Inicialmente, a informação era de que ele havia sido baleado, entretanto, posteriormente o IML revelou que o jovem morreu devido a lesões causadas no acidente, e não por disparos de arma de fogo.
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