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Teresina - Piauí

Alvos da Operação Prodígio viram réus por golpe contra engenheiro no Piauí

A denúncia do Ministério Público do Estado do Piauí foi recebida nessa segunda-feira (04).

O juiz Raimundo José de Macaú Furtado, auxiliar da 8ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, recebeu denúncia contra Marcelo de Sousa Almeida e Ilgner de Oliveira Bueno Lima, alvos da Operação Prodígio, pelo crime de furto qualificado contra o servidor público federal e engenheiro agrônomo, José Onofre da Silva.

Além dos dois, também viraram réus Glendeson Kayan Oliveira Mendes e Gustavo Rocha e Silva, filho da vítima. A denúncia do Ministério Público do Estado do Piauí foi recebida nessa segunda-feira (04).


Foto: ReproduçãoIlgner Bueno, Marcelo Sousa, Gustavo Rocha (filho da vítima) e Glendeson
Ilgner Bueno, Marcelo Sousa, Gustavo Rocha (filho da vítima) e Glendeson

O magistrado determinou a citação dos réus para responder em à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias, cientificando-os de que, não apresentadas as respostas no prazo legal, será nomeado defensor para oferecê-las.

Os denunciados também poderão requerer provas e arrolar testemunha, devendo justificar sua relevância para o esclarecimento dos fatos e requererem expressamente a intimação das testemunhas, se for o caso.

Entenda o caso

No dia 06 de setembro de 2023 foi aberto inquérito policial visando apurar crime de furto qualificado praticado contra José Onofre da Silva, ocorrido no dia 17 de setembro de 2022.

Segundo consta nos autos, no dia 03 de outubro de 2022, a vítima, após verificar a fatura do cartão, tomou conhecimento de uma compra indevida realizada no cartão de crédito, no valor de R$ 18 mil. Por não reconhecer a compra, o engenheiro entrou em contato com a instituição financeira e em resposta o Mercado Livre informou que o pagamento foi feito em nome de Glenderson Kayan Oliveira Mendes e que teria ocorrido de forma presencial, com uso de senha.

Investigado apresentou três versões

Durante as investigações, Glenderson Kayan foi ouvido por duas vezes, ocasião em que apresentou versões distintas. No primeiro interrogatório foi apresentada uma versão inicial com a negativa na participação do crime, porém logo depois o investigado afirmou falsamente que o responsável pela transação teria sido seu compadre, que negou qualquer participação na ação criminosa, razão pela qual foi procedido um segundo interrogatório de Glenderson Kayan.

No novo interrogatório, Glenderson apresentou uma terceira versão em que afirmou que o responsável pelo crime teria sido Ilgner Bueno, que negou participação no furto qualificado.

O que disse Ilgner

À polícia, Ilgner Bueno declinou a participação de três pessoas: Marcelo de Sousa Almeida, Glendeson Kayan Oliveira Mendes e Gustavo Rocha e Silva, filho da vítima. Ele ainda mencionou que é amigo de Glendeson e que Marcelo intermediou o contato entre Glendeson e Gustavo para passar o cartão, inclusive, falou que anteriormente já havia repassado cartões com Glendeson em troca de recebimento de dinheiro.

Após algumas diligências verificou-se que Gustavo, na companhia de Glendeson, Marcelo e Ilgner foram responsáveis pelo crime investigado.

Oitiva de Gustavo

Além de confessar a prática do crime, Gustavo disse que Marcelo se apresentou como sócio de Ilgner e propôs que ele conseguisse um cartão de crédito de terceiro para passar em uma máquina e assim obter ganho financeiro indevido.

Conforme Gustavo, após conseguir o cartão do pai e a senha, ele marcou um encontro para realizar a operação, quando foi debitado o valor de R$ 18 mil, que foi dividido entre os quatro indiciados: Gustavo, Ilgner, Marcelo e Glendeson.

Prisões

Em virtude da investigação, a polícia requereu as prisões preventivas e mandados de busca e apreensão contra Marcelo e Glendeson, que foram concedidos pela Justiça.

Os mandados foram cumpridos apenas contra Marcelo, que foi preso no dia 31 de janeiro deste ano, e contra Glendeson.

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