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Teresina - Piauí

Advogado nega que Lokinho assumiu o risco de matar mulheres atropeladas em Teresina

A audiência de instrução e julgamento do influenciador e do namorado encerrou nesta quinta (19).

Foi encerrada na noite desta quinta-feira (19) a audiência de instrução e julgamento do influenciador Pedro Lopes Lima Neto, mais conhecido como Lokinho, e do namorado, Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa. Ambos são acusados de envolvimento no atropelamento que causou a morte de duas mulheres e feriu gravemente duas crianças em Teresina. Para o advogado Leonardo Queiroz, que compõe a defesa do influenciador, não foi comprovado que Lokinho assumiu o risco de morte ao entregar a direção do veículo para o namorado.

Em conversa com o GP1, a defesa de Pedro Lopes Lima Neto explicou que cerca de dez pessoas foram ouvidas durante a sessão, que foi conduzida pela juíza Maria Zilnar Coutinho. “Ao final da instrução processual nós entendemos que restou afastada a hipótese acusatória de que se trata de um crime na modalidade de dolo eventual, ou seja, quando a pessoa assume o risco de causar aquele resultado e é indiferente àquele resultado. O que aconteceu foi um acidente de trânsito”, afirmou o advogado do influenciador.


Foto: Reprodução/InstagramInfluenciador Lokinho
Influenciador Lokinho

Conforme Leonardo Queiroz, a expectativa é que Lokinho responda por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e, na melhor das hipóteses, apenas pelo crime de trânsito, por ter entregue a direção do veículo automotor para uma pessoa não habilitada. “É uma expectativa nossa de que seja afastado o dolo eventual e a conduta dele tipificada, mais adequadamente, como crime de trânsito. No caso dele não é nem homicídio, porque a conduta dele foi apenas entregar o carro, e tem um crime de trânsito próprio para isso”, reiterou a defesa de Lokinho.

No que tange ao namorado do influenciador, que conduzia o carro no momento do atropelamento das vítimas, Leonardo apontou que ele deve responder pelo homicídio culposo no trânsito. “Com relação ao Stanlley, ele conduzia o veículo sem habilitação, e existe um crime próprio para isso, que é um homicídio culposo no trânsito, quando a pessoa não tem habilitação a pena é aumentada. Entretanto, esse crime não é de competência do Tribunal do Júri como está sendo pleiteado”, frisou o advogado.

Foto: Lucas Dias/GP1Stanlley Gabryell
Stanlley Gabryell

Testemunha alegou que Lokinho dirigia o carro

A sessão, conduzida pela juíza Maria Zilnar Coutinho, ouviu cerca de dez pessoas. No ato processual, uma das testemunhas da acusação alegou que Lokinho estava na condução do veículo no momento do atropelamento das vítimas.

Entretanto, esse depoimento também foi refutado pela defesa do influenciador. “As imagens de câmeras existentes no processo são claras, e mostram que essa testemunha estava de costas para o carro no momento da aproximação do veículo”, pontuou Leonardo Queiroz.

Relembre o caso

O influenciador Lokinho e o namorado, Stanlley Gabryell, se tornaram réus na Justiça por duplo homicídio e dupla tentativa de homicídio, em razão do atropelamento que culminou na morte de duas mulheres e deixou duas crianças gravemente feridas em Teresina, no dia 06 de outubro. O atropelamento aconteceu na BR 316, zona sul da capital piauiense.

Stanlley Gabryell estava na direção do veículo, e em alta velocidade, atropelou e matou Marly Ribeiro da Silva e Kassandra de Sousa Oliveira. Duas crianças de 2 e 11 anos, filhas de Kassandra, ficaram feridas.

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