Jeyson Moraes
O prefeito eleito de Teresina, o médico Sílvio Mendes (União Brasil), denunciou graves desvios de recursos na Fundação Municipal de Saúde (FMS). Em conversa com a imprensa nesta segunda-feira (04), ele explicou que as informações foram obtidas pela equipe de transição que trata sobre os dados da área da saúde e que a situação é muito grave.
Sílvio optou por não dar maiores detalhes sobre o montante que teria sido desviado, no entanto, cobrou investigação imediata acerca do caso. A equipe de transição está sendo liderada pelo professor Charles da Silveira, já anunciado por Mendes como futuro presidente da FMS.
"Uma das questões básicas é o financiamento e nessa transição tomamos conhecimento de uma coisa terrível e naturalmente a gestão municipal deverá tornar pública. A situação é muito grave, coisa que eu nunca vi, é desvio de dinheiro da Saúde no momento que está faltando praticamente tudo. É preciso que se tenha responsabilidade, se trata de um direito básico de garantir o remédio, o exame, a consulta. O Charles é experiente, ele já foi presidente da Fundação Municipal de Saúde e essa situação precisa ser investigada", afirmou Sílvio Mendes.
Outro lado
Em nota, a presidência da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina afirmou que as investigações sobre desvios de verbas na gestão da saúde da Capital são parte de uma auditoria interna conduzida pela própria administração atual. Veja nota na íntegra abaixo:
A presidência da FMS informa que sobre a notícia de desvio de verbas na gestão da saúde na Capital, informamos que se trata de apuração realizada pela atual gestão da FMS, em procedimento de auditoria interna. A realização de auditorias foi uma das metas adotadas e perseguidas pela atual gestão, buscando a aplicação da lei e, indiretamente, a redução das despesas e evasão das receitas. O procedimento que temos adotado é o de apuração interna em caráter sigiloso, e encaminhamento imediato ao ministério público, após a sua conclusão. Em razão disso, não podemos fornecer maiores detalhes sob pena de prejuízo à auditoria, ainda em curso.
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