O Ministério Público do Estado do Piauí denunciou o prefeito de Bom Princípio do Piauí, Lucas da Silva Moraes (MDB), por crime ambiental decorrente da manutenção de lixão a céu aberto na cidade. A denúncia, assinada pelo subprocurador de Justiça Jurídica do órgão ministerial, promotor João Malato Neto, foi ajuizada no dia 31 de outubro.
Segundo a denúncia, o lixão de Bom Princípio do Piauí está situado na zona rural do município, longe de áreas residenciais, contudo, a Coordenadoria de Perícias e Pareceres Técnicos do Ministério Público constatou, durante inspeção, que as condições de operação são altamente precárias.
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“O local se caracteriza por uma área aberta onde resíduos são descartados diretamente no solo, sem qualquer tipo de controle ou preparação. Não há infraestrutura adequada para a deposição de resíduos, e, durante a vistoria, não foram observadas medidas de mitigação ambiental ou sanitária”, consta na ação.
Prefeito não cumpriu acordo
Ainda conforme a denúncia, em julho de 2022 o prefeito chegou a formalizar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, se comprometendo a implementar políticas eficazes de coleta e tratamento de resíduos sólidos, visando à erradicação do lixão, o que não aconteceu.
“Desde o ano 2021 quando se iniciou a atual gestão, os fatos acima descritos são de responsabilidade do denunciado Lucas da Silva Moraes, autoridade que voluntária e conscientemente não tem adotado medidas efetivas para o saneamento das irregularidades e dos agravos ao meio ambiente. Importa destacar que, apesar de devidamente intimado, o denunciado não cumpriu com os termos do acordo extrajudicial, a fim de cessar a disposição irregular de resíduos”, destacou o promotor João Malato.
Diante disso, o promotor pediu a condenação do prefeito Lucas Moraes pelos crimes ambientais de causar poluição resultando em danos à saúde humana e por manter local potencialmente poluidor, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes. A pena pode chegar a quatro anos de reclusão.
Outro lado
O GP1 tentou entrar em contato com o prefeito Lucas Moraes, mas não obteve respostas até o momento. O espaço está aberto para esclarecimentos.
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