Fechar
GP1

Altos - Piauí

PM do Piauí acusado de dar fuga a assaltantes responde por violência doméstica

O promotor Assuero Stevenson Pereira Oliveira ofereceu denúncia contra o cabo em 20 de junho de 2024.

O cabo Francisco Mesquita Neto, da Polícia Militar do Piauí, acusado de dar fuga a dois assaltantes na cidade de Alto Longá, é alvo de denúncia do Ministério Público por violência doméstica, lesão corporal, ameaça e injúria real, cometidos contra sua ex-namorada, também policial militar. O promotor Assuero Stevenson Pereira Oliveira, da 9ª Promotoria de Justiça de Teresina, ofereceu denúncia contra o PM em 20 de junho de 2024.

A representação ministerial é baseada no inquérito policial instaurado no dia 01 de abril de 2024, em que a vítima relatou ter sido ameaçada de morte, além de ter sido ofendida e agredida com tapas e socos pelo cabo Francisco Mesquita Neto. Ela relatou que o episódio de violência começou enquanto os dois estavam de folga na casa da mulher, situada na cidade de Altos.


Foto: Reprodução/InstagramCabo da PM-PI, Francisco Mesquita Neto, preso pela Polícia Militar
Cabo da PM-PI, Francisco Mesquita Neto, preso pela Polícia Militar

Ao comunicar o ex-companheiro que estava de saída para um salão de beleza, o PM, que no momento estava ingerindo bebida alcóolica, proferiu diversos xingamentos contra a vítima, como: “vai me trair, vagabunda”, “nojenta” e “miserável”. Depois, ele desferiu um tapa e um soco no rosto da então namorada, seguido de um empurrão, que fez com que ela caísse no chão.

Narra a denúncia que mesmo enquanto a vítima estava caída, Francisco Mesquita ainda desferiu diversos socos na cabeça dela. As agressões continuaram quando ele a colocou no carro e os dois seguiram para a casa da mãe do policial. Durante o trajeto, mais agressões físicas e verbais, até que o cabo se virou para a vítima, sentada no banco de trás, e afirmou que ela “merecia morrer”, e apontou uma arma de fogo contra a ex-namorada.

Assim que chegaram na casa da mãe de Francisco, ele se trancou em um quarto, enquanto a mulher conseguiu voltar para casa e pediu socorro a um vizinho, que vendo os hematomas e ferimentos na vítima, acionou uma guarnição da Polícia Militar. Logo ela foi encaminhada para registro de boletim de ocorrência na Corregedoria da corporação, e depois submetida a exame pericial no Instituto de Medicina Legal (IML), que comprovou as agressões.

Acusado de ajudar assaltantes

O policial Francisco Mesquita Neto foi preso no dia 11 de novembro enquanto conduzia um veículo onde estavam Francisco Hélio de Sousa Lima e um adolescente, de iniciais D.V.O.P., acusados de terem praticado um assalto.

A dupla teria assaltado uma revendedora de cosméticos, que teve sua motocicleta roubada. Logo após a ação, os dois empreenderam fuga na motocicleta da vítima.

A Polícia Militar atendeu a ocorrência, e ao se deparar com os dois indivíduos, estes dispararam diversas vezes contra a guarnição, e conseguiram empreender fuga em uma região de mata. Momentos depois, eles foram vistos em um veículo modelo Prisma, conduzido pelo cabo Francisco Mesquita, conhecido como Kity.

O carro foi interceptado e os três receberam voz de prisão. Contudo, o policial foi solto durante audiência de custódia.

Outro lado

Procurado pelo GP1, nesta segunda-feira (18), o policial Francisco Mesquita não foi localizado. O espaço está aberto para esclarecimentos.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.