Influencer que debochou de prisão na Operação Jogo Sujo II é solta

A influencer Brenda Raquel Ferreira, presa durante a Operação Jogo Sujo II, foi posta em liberdade pela Justiça, na manhã desta quarta-feira (16), após prestar depoimento na Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI). Ela é o segundo alvo que conseguiu o direito à soltura antes do fim do prazo da prisão temporária, que vence amanhã.

Durante a sua prisão, no dia 9 deste mês, a influencer foi questionada por jornalistas sobre as acusações e debochou da situação: "estou presa, e daí? estou podre de rica!". De acordo com o coordenador da DRCI, delegado Humberto Mácola, a defesa da acusada manifestou interesse em submetê-la a novo interrogatório, sob alegação de que a cliente teria informações importantes a acrescentar ao inquérito policial em andamento.

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“Ela nos procurou, colaborou, e em interrogatório entregou muita coisa, como fez o Robinho”, ratificou o delegado Humberto Mácola.

Com a soltura da influencer Brenda Raquel Ferreira e de Robin da Carne, ainda estão presos: Letícia Ellen, Diogo Xenon, Pedro Lopes (Lokinho), Milena Pamela, Douglas Guimarães e Yrla Lima.

Entenda o caso

A Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) deflagrou a Operação Jogo Sujo II, que tem como alvos influenciadores de Teresina que utilizavam suas redes sociais, em especial o Instagram, para promover jogos de azar ilegais, como o Jogo do Tigrinho, operados por plataformas clandestinas hospedadas em servidores no exterior, que não estão sujeitas à regulamentação fiscalizatória nacional.

Durante a apuração, verificou-se que os influenciadores digitais, que possuem um grande número de seguidores, eram contratados pelas plataformas de jogos de azar para divulgar diariamente novas oportunidades de apostas, exaltando supostos benefícios e chances de lucro.

Padrão de vida incompatível com a renda dos investigados

Os policiais constataram que os influenciadores, alvos de prisão temporária, exibiam constantemente bens de luxo, como carros, casas de alto padrão, viagens e jantares caros, criando a ilusão de que os jogos de azar são uma forma viável de se obter uma vida de luxo.

O levantamento produzido pela investigação da DRCI permitiu aos policiais evidenciar uma movimentação financeira astronômica, comparada aos ganhos auferidos de forma legal.