A Justiça do Piauí decretou a prisão preventiva de Francisco Ronaldo Laurentino Palhano, acusado de envolvimento na morte de Mário Macio Gonçalves e Érica Vitória Silva de Sousa, que foram assassinados dentro de um carro na cidade de Castelo do Piauí, em fevereiro deste ano. A prisão foi decretada no dia 23 de junho pelo juiz Raniere Santos Sucupira.
O juiz da Vara Única da Comarca de Castelo do Piauí atendeu ao pedido formulado pela Polícia Civil do Piauí. As investigações indicam que Ronaldo Palhano era comparsa de Mário Macio em ações criminosas, mas, por alguma razão, se desentendeu com ele e armou uma emboscada, que resultou no duplo homicídio.
Emboscada no dia 18 de fevereiro
Segundo a polícia, na noite de 18 de fevereiro Ronaldo Palhano guiou Mário Macio, que estava na companhia de Érica, até a rua Quintino Bocaiúva. O suspeito estava em um Fiat Palio vermelho e o casal em um Volkswagen Nivus de cor preta. Em seguida chegou um Fiat Palio azul, de onde desceram homens armados e mataram a tiros o casal.
Envolvimento com tráfico de drogas
Conforme as investigações, Mário Macio residia em Timon e tinha participação no tráfico de drogas e armas em Castelo do Piauí, tendo como principal parceiro Ronaldo Palhano. A Polícia Civil concluiu que Mário Macio teria combinado com Ronaldo Palhano de entregar algumas munições – encontradas junto ao corpo da vítima dentro do veículo das vítimas.
A suspeita da polícia é de que as munições iriam ser utilizadas para alguma negociação ou abastecimento de alguma rede de tráfico na cidade de Castelo do Piauí.
Possível envolvimento com facção
Ainda de acordo com a Polícia Civil, em 2020 Mário Macio chegou a ser investigado por suspeita de participação na facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), e por subsidiar ações criminosas em Castelo do Piauí, como assalto a comerciantes, assalto a bancos e tráfico de drogas.
Mulher não tinha envolvimento com crimes
Em relação, a Érica Vitória, a partir de depoimentos colhidos na delegacia de Polícia Civil, foi levantado que ela seria apenas uma namorada de Mário Macio. Ele teria, minutos antes de ir à cidade de Castelo, chamado a jovem para acompanhá-lo na viagem.
Prisão preventiva
Ao analisar o pedido da Polícia Civil, o juiz Raniere Santos Sucupira entendeu que a prisão preventiva era necessária para assegurar a ordem pública. “A custódia cautelar dos Representado é medida que se impõe para assegurar a ordem pública. Não se funda em meras conjecturas ou proposições abstratas, porquanto é evidenciada nos autos. Desta feita, a gravidade do ato é suficiente para justificar a segregação cautelar”, decidiu o magistrado.
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