Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) realizaram na manhã desta segunda-feira (17) uma manifestação contra a insegurança e a falta de reajuste. O protesto ocorreu em frente a Central do Samu de Teresina, localizada no bairro Macaúba, zona Sul de Teresina.
A mobilização foi organizada pelo Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (SENATEPI) e coincidiu com o caso em que dois profissionais do SAMU foram baleados durante atendimento no último sábado (15). “O que estamos buscando aqui é que a Fundação Municipal da Saúde nesse momento busque junto com a Secretaria de Segurança Pública garantir uma prioridade no atendimento de qualquer vítima de agressão, fazendo com que a Polícia Militar chegue, se não antes, junto com a equipe que for fazer o atendimento”, disse Erick Riccely, presidente do sindicato, ao GP1.
Ele também relatou outros motivos para o protesto, que estava marcado para mostrar as necessidades do SAMU ao poder público. “É um somatório de coisas porque não tem segurança para o profissional, mas também não tem a valorização salarial devida, muitas vezes ambulâncias sem freios, sem giroflex, sem luz de freio, com porta amarrada com atadura e sem cinto de segurança”, declarou Erick.
A técnica de enfermagem Elisângela de Jesus, que estava prevista para o plantão que ocorreu o caso do último sábado (15), disse ao GP1 sobre o medo constante presente em sua profissão. “A insegurança que os profissionais do SAMU trabalham é imensa. Teve que acontecer isso para a população perceber, mas isso já vem acontecido a muito tempo. Sofremos agressão verbal, física, com empurrões. Já tivemos colegas que foram esfaqueados. O nosso medo é eterno”, relatou a enfermeira.
Mesmo com o protesto, o atendimento está mantido com as ambulâncias presentes no local. "O serviço está mantido com as ambulâncias que temos, que não estão com a frota 100%.Os profissionais estão todos aqui, é uma mobilização sem atrapalhar o serviço. Mas precisamos de uma resposta para nossa necessidade, condição mínima de segurança para poder exercer nosso papel", declarou o técnico de motolância Girleno França.
A manifestação está prevista para continuar na terça-feira (18), a partir das 7h, novamente na frente da Central do SAMU em Teresina.
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