A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) concluiu o inquérito que investiga a morte do cachorro Titio, atropelado e jogado na caçamba de um caminhão do Consórcio Teresina Ambiental (CTA) no dia 15 de junho. Após conclusão das oitivas, a DPMA decidiu pelo indiciamento do motorista que conduzia o caminhão que atropelou o animal, e do gari responsável por jogar o cachorro na caçamba e ligar o compactador, que acabou resultando na morte de Titio.
Em conversa com o GP1, o delegado Wilon Gomes, responsável pelas diligências e conclusão do inquérito, o indiciamento se deu após oitivas com testemunhas e dos envolvidos. “Diante da denúncia abrimos inquérito policial e colhemos o depoimento de vizinhos daquela rua onde houve o atropelamento, requisitamos a perícia de maus tratos aos animais, inclusive com o resultado de morte. Por conta disso, nós decidimos ao final do inquérito denunciar o motorista do caminhão responsável pelo atropelamento do animal, e o coletor de lixo que pega o animal do chão e joga dentro da compactadora e que admitiu durante depoimento que ligou a compactadora”, afirmou.
De acordo com a polícia, o motorista foi informado de que havia atropelado um cachorro, porém não acreditou. O gari responsável por jogar o cachorro na caçamba chegou a afirmar em depoimento que só jogou o animal após ter certeza que ele estava morto, porém, essa versão não convenceu as autoridades responsáveis pela investigação, visto que o vídeo do atropelamento registrado por uma câmera de segurança mostra o cachorro agonizando momentos antes de ser jogado na caçamba do caminhão.
Ainda segundo o delegado Wilon Gomes, ambos os envolvidos confessaram o crime de maus tratos, mas para ele, o que agravou foi a conduta adotada pelo motorista e gari da CTA em frente ao atropelamento do animal.
“A questão toda foi a forma como aconteceu, jogar na caçamba de lixo e ainda ligarem a compactadora para depois jogarem o corpo do animal em um aterro sanitário. No nosso pensamento é que o crime de maus tratos já está configurado nas imagens, é muito cruel o que eles fizeram. Eles poderiam ter prestado socorro, falado com alguém da vizinhança. Atropelamento pode acontecer sem a intenção, mas se tivesse tentado prestar socorro aí seria outro cenário”, relatou o delegado.
Após a conclusão do inquérito, o caso já se encontra à disposição da Justiça e do Ministério Público do Piauí.
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