O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí (Sinepe-PI), Leonardo Aírton, participou na tarde desta sexta-feira (2) de uma mesa-redonda que discutiu a importância do fomento à literatura piauiense nas instituições de ensino do estado. O debate aconteceu na Feira da Literatura Piauiense, que aconteceu no Riverside Shopping, na zona leste de Teresina.
Leonardo Aírton participou da mesa-redonda “Que falta para nossa literatura ser adotada nas escolas/universidades do Piauí?”, ao lado do secretário Estadual de Educação, Washington Bandeira, o secretário Municipal de Educação de Teresina, Nouga Cardoso, e o jornalista Zózimo Tavares, presidente da Academia Piauiense de Letras (APL).
Em sua fala, o presidente do Sinepe ressaltou que é necessário fortalecer as ações de fomento à literatura piauiense. “Iniciativas como essa, debates como esse trazem à baila essa oportunidade de tratar desse assunto. A Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí, promoveu semanas atrás uma feira de livros de advogados escritores, são autores aqui do Piauí que tiveram a oportunidade de escrever um livro e tê-los publicados na sua casa, mas isso deve se espalhar para outros cenários, para fortalecer a nossa cultura”, declarou.
O secretário Estadual de Educação, Washington Bandeira, citou a legislação vigente que fomenta a literatura piauiense nas instituições de ensino. “O currículo do ensino médio recentemente construído e publicado em uma resolução do Conselho Estadual de Educação prevê a obrigatoriedade, que o currículo aborde a literatura brasileira de expressão piauiense. Também há uma lei, que é a lei 6.563 de 2014, que fala da obrigatoriedade da aquisição de pelo menos trinta por cento dos livros paradidáticos da literatura piauiense nas escolas privadas e públicas. O que posso dizer é que a rede estadual está cumprindo todos, mas precisamos fortalecer, e como fortalecemos? Adquirindo mais material paradidático de literatura piauiense, colocando a literatura piauiense de forma mais clara, mais precisa no currículo, orientando os gestores e os professores para que façam essa abordagem da forma mais eficiente possível”, ressaltou Washigton Bandeira.
Nouga Cardoso, secretário de Educação de Teresina, falou dos desafios em promover a literatura piauiense nas escolas do Município. “Muitas vezes os nossos professores, muito envolvidos com a sala de aula desconhecem essa produção literária, então, é preciso que nos esforcemos para fazer com que os escritores piauienses e teresinenses sejam conhecidos pelos professores da rede, porque infelizmente às vezes o professor que está em sala de aula não tem tempo para entrar em contato com novas literaturas. O doutor Washington, nosso secretário, falou muito bem, a missão da educação básica é formar o cidadão para o exercício pleno da cidadania e conhecer as artes, a literatura é muito importante nesse sentido”, completou o gestor da Semec.
Alternativas
O presidente do Sinepe mencionou a iniciativa do Instituto Federal do Piauí (IFPI), que anunciou a retomada de temas regionais como geografia, história e literatura piauiense nas provas do vestibular 2024.
“Trago a luz o que fez o IFPI, que saiu do ENEM/SISU e agora e está regionalizando. Acho que esse é o caminho, em outros estados há leis que falam sobre isso, no Maranhão e Pernambuco”, concluiu Leonardo Aírton.
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