O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí (Sindjor-PI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) emitiram uma nota de repúdio à ação de um policial rodoviário federal, que tomou o celular do jornalista Efrem Ribeiro, enquanto o profissional realizava uma reportagem sobre a condução de um preso na Central de Flagrantes de Teresina. O caso ocorreu na manhã deste sábado (17).
Em nota, o Sindjor-PI e a Fenaj afirmam que “toda e qualquer forma de agressão e censura ou cerceamento do exercício legal dos profissionais do Jornalismo” deve ser combatida e que "irão encaminhar a denúncia ao Ministério da Justiça para que as providências sejam adotadas".
Confira a nota na íntegra
NOTA DE REPÚDIO
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí (Sindjor-PI) e a Federação Nacional dos Jornalistas ((Fenaj) condenam e repudiam veementemente toda e qualquer forma de agressão e censura ou cerceamento do exercício legal dos profissionais do Jornalismo.
Na tarde deste sábado, (17), infelizmente, o jornalista do Portal OitoMeia, Efrém Ribeiro, durante o processo de apuração, uma das etapas fundamentais do Jornalismo, foi cerceado tendo um de seus instrumentos de trabalho, o celular, derrubado de forma intencional por um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF-PI).
A violência aconteceu quando Efrém Ribeiro, ao tentar fotografar uma prisão realizada pela PRF/PI, teve o seu aparelho celular derrubado e confiscado pelo agente da PRF/PI. A atitude do agente da PRF/PI não condiz com o papel da PRF e não foi bem aceita pelos colegas de profissão, que também estavam no local, o que fez com que o mesmo devolvesse o aparelho ao jornalista.
Além de repudiar e lamentar o cerceamento do exercício do jornalismo, o Sindjor-PI e Fenaj irão encaminhar a denúncia ao Ministério da Justiça para que as providências sejam adotadas.
Portal OitoMeia se pronunciou
O Portal OitoMeia também emitiu uma nota repudiando a ação contra o profissional jornalista. Conforme o órgão de imprensa, "em nenhum momento Efrém Ribeiro invade ou prejudica o trabalho das autoridades policiais ou ultrapassa os limites quando se trata do repasse da melhor informação. Mesmo assim, de maneira grosseira e sem motivos legais, o jornalista teve o seu telefone celular tomado de suas mãos", diz trecho da nota.
Confira a nota na íntegra
Nota do Portal OitoMeia
O OitoMeia vem, através desta matéria, se manifestar contra a tentativa de cerceamento do trabalho do jornalista Efrém Ribeiro.
O profissional, que faz a cobertura jornalística pelo OitoMeia diariamente, especialmente na Central de Flagrantes, sofreu o que consideramos uma das piores agressões que um trabalhador da imprensa pode sofrer.
A tentativa do cerceamento do trabalho de um jornalista não pode ser aceita! Para nós que fazemos o OitoMeia, esse tipo de comportamento partindo de uma autoridade flerta fortemente com a censura.
Todos os dias, incluindo sábados, domingos e feriados, Efrém Ribeiro se posiciona em frente à sede da Central de Flagrantes da Polícia Civil do Piauí, no Centro de Teresina, em busca das informações policiais.
Em nenhum momento Efrém Ribeiro invade ou prejudica o trabalho das autoridades policiais ou ultrapassa os limites quando se trata do repasse da melhor informação. Mesmo assim, de maneira grosseira e sem motivos legais, o jornalista teve o seu telefone celular tomado de suas mãos.
Nós que fazemos o jornalismo do OitoMeia jamais aceitaremos qualquer ação deste tipo. Buscaremos de todas as maneiras prezar pela liberdade de imprensa. Desta forma, acionamos o Sindicato dos Jornalistas do Piauí, através do presidente Luís Carlos, que deve emitir uma nota e dar encaminhamento para que sejam tomadas as devidas providências.
Victor Costa - Jornalista
Editor-chefe do OitoMeia
Entenda o caso
Na manhã deste sábado (17), um policial rodoviário federal tomou o celular do jornalista Efrem Ribeiro, enquanto o profissional registrava a condução de um preso pela PRF, em frente a Central de Flagrantes de Teresina.
Na ocasião, um primeiro policial, PRF Tavares, se demonstrou bastante cortês e respondeu às perguntas do jornalista. Mas, em seguida, outros dois PRFs descem da viatura e, um deles, dirige-se ao jornalista perguntando “É repórter? Não pode filmar o preso, de onde foi que você tirou isso? A imagem do preso tem que ser preservada”, diz o PRF.
Em seguida, Efrem se afasta e continua a gravar a condução. Nesse momento, dois PRFs vão em direção ao jornalista e um deles, que não foi identificado, aproxima-se pela lateral e arranca o instrumento de trabalho do profissional.
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