A Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI) e o Centro das Indústrias do Estado do Piauí (CIEPI) realizaram, em Teresina, nessa quarta-feira (31), uma palestra com o tema "Perspectivas para a Economia Brasileira e o papel da Reforma Tributária", ministrada pelo gerente executivo de economia da Confederação Nacional da Indústria, Mário Sérgio Telles.
O vice-presidente da FIEPI, Francisco Reinaldo, e o presidente do CIEPI, Federico Musso, destacaram a relevância e a oportunidade da palestra para o setor industrial neste momento. Defensores da Reforma Tributária, ambos dirigentes falaram um pouco sobre o que o país, a população e os setores produtivos têm a ganhar com as mudanças propostas.
Mário Sérgio fez uma ampla abordagem sobre a economia brasileira, o atual sistema tributário e quais seriam os resultados a médio prazo para o país em um cenário sem a Reforma Tributária e também fez projeções de cenários para um novo sistema tributário.
"A Reforma Tributária tem o poder de melhorar a capacidade de competir da indústria brasileira, que é enorme. Hoje, a indústria está sendo destruída por um sistema tributário que retira a capacidade de ser competitiva. Então, este é o principal benefício que a Reforma Tributária vai trazer para a indústria brasileira e para a economia do país como um todo", explicou Mário Sérgio.
O economista completou que o efeito final é mais competitividade, mais crescimento para a economia como um todo, beneficiando todos os setores, também serviços, comércio, o setor agropecuário e, principalmente, beneficiando a população brasileira, que vai ter mais emprego e mais renda.
Mário Sérgio afirma ainda que o atual sistema tributário é o pior do mundo e, sem dúvida nenhuma, está prejudicando a economia nacional. Ele ressalta que grande parte dessa falta de crescimento da economia brasileira se deve a um sistema tributário que só possui distorções e não regras.
"Cerca de 174 países do mundo usam o Imposto sobre Valor Agregado (IVA). O único país relevante do mundo que não usa o IVA são os Estados Unidos, que usam um imposto somente na venda ao consumidor final, mas é um país diferente. Agora, lá existe uma diferença: não pagar imposto é um crime que leva as pessoas para a prisão. O resto do mundo adota um imposto melhor, em todos os pontos de vista, inclusive para arrecadar, para reduzir sonegação, que é o IVA. Por isso, não há o que discutir, vamos fazer o que o mundo inteiro está fazendo", concluiu.
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