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Teresina - Piauí

Advogado comenta jogo polêmico do Altos e Fluminense-PI

O Altos alega que o jogo deveria ter sido parado, já que a partir do 2º tempo caiu uma chuva forte.

O Altos segue suas manifestações sobre o jogo da última semana, diante do Fluminense-PI, que valia a classificação para as finais do Campeonato Piauiense. Com um placar agregado em 2 a 2, o Vaqueiro, melhor posicionado na tabela, garantiu a vaga. O Altos alega que o árbitro Antônio Dib deveria ter parado o confronto, já que a partir dos 15 minutos do 2º tempo choveu muito forte, resultando em um campo alagado. A equipe alega que não teve condições de jogo para quem precisava buscar o placar, no caso, o próprio Altos.

O técnico Jerson Testoni cita o árbitro e coloca como exemplo a partida entre Sport e ABC, válido pela semifinal da Copa do Nordeste e que aconteceu na quarta-feira (29), mas foi paralisado aos 16 minutos do 2º tempo devido ao grande volume de chuva, que alagou o gramado da Ilha do Retiro. A partida foi retomada no dia seguinte (30), e o Leão venceu por 1 a 0, com gol de Vagner Love. Ali, o árbitro Denis da Silva Ribeiro Serafim fez duas pausas de 30 minutos para reavaliar se o gramado daria condições que o jogo continuasse. O técnico Jerson Testoni afirmou que a não paralisação “beneficiou quem não precisava mais atacar”.


“A gente acredita que não poderia ter dado condições de jogo, no 2º tempo o jogo ficou impraticável. Claro que tomamos dois gols no primeiro tempo e fez um, não teria certeza se buscaria o empate, mas a partir dos 15 minutos do 2º tempo não teve mais jogo e aí beneficiou quem não precisava mais atacar, a gente precisa de um gol para nossa classificação, infelizmente não aconteceu”, afirmou o técnico.

A fala foi corroborada pelo Executivo de Futebol do Altos, Newton Filho. Segundo o dirigente, “é revoltante não ter sido paralisado o jogo”. Filho afirmou ainda que o Altos perdeu “45 minutos de oportunidade de jogo, ficou impossível jogar futebol”. Veja o vídeo completo aqui.

Na súmula pós-jogo, Antônio Dib não fez nenhum relato nos campos de “ocorrências” e “observações eventuais”.

Ademais as manifestações alviverdes que jogam sombra sobre uma possível ‘conivência’ da arbitragem no confronto, o GP1 Esporte conversou com um advogado esportivo sobre a questão. À nossa reportagem, João Gazolla, do escritório Cobra e Gazolla – Advocacia Desportiva e ex-Gerente Jurídico Desportivo do Santos Futebol Clube, afirmou que a decisão de parar ou não o confronto é inteiramente da arbitragem.

“Esse critério é exclusivamente da arbitragem, vai de cada árbitro e normalmente é conversado com os capitães. A decisão, porém, é da arbitragem”, declarou o advogado. Não há, portanto, um critério técnico estabelecido no Código Brasileiro de Justiça Desportiva ou no Regulamento Geral de Competições que indique à arbitragem o que deve acontecer. O critério é, portanto, subjetivo.

O que diz a Comissão Estadual de Arbitragem?

Nossa reportagem procurou o responsável pela comissão estadual de arbitragem para tratar sobre o tema. Ao GP1 Esporte, José Steifel , presidente da CEAF-PI, afirmou que a decisão foi tomada no momento do jogo.

"O jogo é decidido na hora. Existe o delegado do jogo, o quarteto de arbitragem e aí, depois de ter sido jogado dois terços do jogo, se parasse o jogo, prejudicava a equipe que estava em desvantagem. Eles tomaram a decisão que acharam conveniente com o delegado do jogo, que a partida deveria continuar. Se ele parasse o jogo depois dos 30 minutos, ele teria que suspender a partida de forma definitiva", afirmou Steifel.

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