O comerciante Luciano Nunes Nonato, acusado de tentar aplicar um golpe na agência do Banco do Brasil na cidade de Curimatá, entrou em contato com o GP1 na noite desta sexta-feira (14), solicitando direito de resposta após publicação da matéria intitulada “Professora e vendedor são presos ao tentar aplicar golpe no Banco do Brasil em Curimatá”. Em entrevista à nossa reportagem, ele admitiu a prática de estelionato, mas negou que tenha chantageado a professora Andria Potyjara Ribeiro do Rêgo com vídeos íntimos.
Segundo o comerciante, é falsa a versão apresentada por Andria Potyjara em depoimento prestado à Polícia Civil do Piauí, após a prisão de ambos na última terça-feira (11). Durante o interrogatório, a professora afirmou que teve um relacionamento amoroso com Luciano e que ele teria filmado relações sexuais entre os dois para chantageá-la e assim obrigá-la a tentar aplicar o golpe no banco.
Esse relato foi rebatido por Luciano Nonato. Ele sustentou que, de fato, tentou praticar o estelionato juntamente com Andria Potyjara, mas que nunca teve qualquer relacionamento amoroso com a professora, tampouco houve chantagem para que ela participasse do golpe.
“O restante é verídico, ocorreu o estelionato, está no depoimento o que eu falei, só que essa parte da relação sexual nunca aconteceu, tanto é que tem prints meus de conversas rolando em grupos. Tem conversas nossas desde o início, do combinado de como seria [o golpe] e pelo contrário, eu não coagi ninguém”, declarou Luciano Nonato.
Conversas no WhatsApp
Luciano Nunes encaminhou ao GP1 prints de menagens no WhatsApp que seriam conversas entre ele e Andria Potyjara. “No dia 4 de janeiro foi minha última conversa com ela. Já no dia 6 de fevereiro ela me procura, pedindo para fazer algo para ganhar dinheiro e continua insistindo, e ainda pede pelo amor de Deus, dizendo que era de confiança”, afirmou o comerciante.
Luciano disse que, mesmo tendo admitido a tentativa de estelionato, a acusação de ter filmado relações sexuais com uma mulher tem pesado muito mais no que diz respeito a sua reputação. “Como aqui é uma cidade pequena, isso está me prejudicando demais”, concluiu.
Entenda o caso
Luciano Nunes Nonato e Andria Potyjara Ribeiro do Rêgo foram presos na última terça-feira (11), suspeitos de tentarem aplicar um golpe na agência do Banco do Brasil em Curimatá. A professora, sob orientação do comerciante, teria utilizado documentos falsos para contrair empréstimos junto ao banco.
Luciano Nonato e Andria Potyjara foram autuados em flagrante e liberados após pagaram, cada um, fiança de R$ 10 mil.
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