Carolina Matta
Em mais um episódio da novela do transporte público de Teresina, trabalhadores, estudantes e associações se reuniram na manhã desta terça-feira (21), em um protesto que iniciou na sede do Fórum Civil e Criminal, na Rua Governador Tibério Nunes, e depois foi deslocado para a Avenida Frei Serafim. Na ocasião, o trecho do cruzamento da Avenida Pinel com a Avenida Frei Serafim foi interditado pelos manifestantes. O Sintetro, Associação dos Garis, Associação da Zona Sul, Zona Norte e segmentos estudantis reivindicaram a volta do transporte público, assim como o pagamento dos salários de motoristas e cobradores.
Mesmo após determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para que sete consórcios realizassem o pagamento dos salários dos trabalhadores, muitos ainda afirmam que ainda não receberam o valor, que é referente ao mês de fevereiro. No caso do descumprimento da decisão, as empresas devem pagar multa diária de R$ 1 mil por dia para cada trabalhador.
O GP1 conversou com o advogado Gabriel Felipe da Silva Costa, representante do Fórum Jovem de Mobilidade Urbana, que constatou diversas irregularidades nas cláusulas dos contratos de concessão do transporte público de Teresina. “Estamos há cerca de três meses estudando a legislação, o consórcio público de transporte e concessão das empresas, o próprio texto da CPI. Só o sistema de bilhetagem indica que em um único ônibus passaram 77 mil pessoas, isso é algo inadmissível, impossível de acontecer”, apontou o advogado.
Além do retorno de 100% da frota do transporte, outro ponto levantado por Gabriel Silva é a necessidade de fiscalização dos ônibus que circulam pela capital. Em nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que aguarda resposta do Setut sobre a proposta de aumento de subsídio no valor de R$ 3.300.000, com o intuito de estabelecer equilíbrio financeiro no sistema.
Em nota, o Setut informou que ainda não recebeu o repasse de R$ 1,5 milhão anunciado pela Prefeitura, mas segue aguardando os valores para que possa realizar o pagamento do salário dos trabalhadores.
Confira a nota do Setut
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que ainda não identificou repasse financeiro de R$ 1,5 milhão anunciado pela Prefeitura de Teresina e que segue aguardando o aporte para realização de pagamento salarial dos trabalhadores.
O Setut esclarece ainda que empresas estão analisando a decisão judicial, pois não possuem recursos suficientes e nem linhas de crédito para pagamento dos motoristas e cobradores de ônibus. Mas segue buscando a melhor forma de resolver essa situação ou recorrer da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Confira a nota da Strans
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informa que encaminhou, nesta segunda-feira (20), uma proposta de aumento de subsídio no valor de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais) para os Consórcios que operam o sistema de transporte público na Capital, para o equilíbrio financeiro no sistema e, assim, possa ter fim a greve dos trabalhadores do transporte público.
Na proposta, foi dado o prazo de 24 horas para a resposta dos Consórcios para a Strans.
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