O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), Antônio Cardoso, afirmou na tarde desta quinta-feira (16) que, mesmo com a decisão que obriga as empresas de ônibus a pagar os salários atrasados dos motoristas e cobradores, a categoria não vai por fim à greve no transporte público, que já dura quatro dias.
A declaração foi dada durante manifestação realizada em conjunto com estudantes na Praça do Fripisa, no Centro de Teresina. Segundo Antônio Cardoso, mesmo que ocorra atualização do pagamento do salário em atraso, referente ao mês de fevereiro, a categoria continua reivindicando a assinatura do acordo coletivo e reajuste nos vencimentos.
“A gente precisa da assinatura da convenção coletiva, porque eles vão descumprir e não vão pagar o salário. A gente tem certeza disso. Na realidade, a gente está de braços cruzados por dois motivos, pela assinatura da convenção, que é essencial para garantir os nossos direitos, e o pagamento dos salários, que é crucial para esses trabalhadores”, disse Antônio Cardoso.
Fábio Araújo, que representa o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPI, ressaltou que os estudantes reivindicam, sobretudo, transporte coletivo de qualidade na Capital.
“A intenção do ato é a gente reivindicar mais uma vez um transporte coletivo de qualidade. Há muito tempo os teresinenses não têm ônibus com todas as linhas, o transporte não tem qualidade, são veículos antigos, e a categoria também sofre com o atraso dos salários, por isso a gente se soma a eles”, afirmou o estudante.
Ver todos os comentários | 0 |