Após 17 anos do assassinato da professora Leonor Moreira da Silva, que foi morta a tiros em agosto de 2005 pelo próprio genro Nilvan Masciel Neiva, finalmente o réu foi julgado nessa terça-feira (14) pelo Tribunal Popular do Júri. O criminoso, que é natural de Picos, foi condenado a cumprir pena de 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado na Penitenciária Irmão Guido.
Durante o julgamento que se estendeu por mais de 11 horas, a tese do promotor de Justiça João Malato Neto, representando o Ministério Público do Piauí, foi acatada integralmente pelo Conselho de Sentença. O julgamento foi presidido pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal.
"O Conselho de Sentença por maioria dos votos reconheceu a materialidade do delito e a autoria atribuída ao acusado. Decidiu o Conselho de Sentença pela condenação do acusado e pela incidência das qualificadoras por motivo fútil e emprego de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima", disse a magistrada.
O crime
O crime aconteceu no dia 7 de agosto de 2005, quando a família se reuniu para comemorar o aniversário de Leonor Moreira da Silva, dentro de sua própria casa, localizada no bairro Cabral, no Centro de Teresina.
De acordo com o depoimento de Clarissa Oliveira, que é a ex-esposa do acusado e filha de Leonor, a discussão que culminou na morte de sua mãe começou porque Nilvan levou uma arma de fogo para o aniversário de Leonor e ficou exibindo o revólver na tentativa de vender para os convidados na festa. Contudo, ele foi repreendido por Clarissa e sua mãe, o que motivou sua ira e ele passou a ameaçar atirar contra a até então esposa dele.
Foi nesse momento que Clarissa se trancou dentro de um banheiro enquanto a mãe tentava conversar com Nilvan. Porém, ele efetuou os tiros que atingiram Leonor na cabeça e provocaram sua morte, na frente de Melissa Oliveira, que é a filha do casal e neta de Leonor Moreira.
Depois do assassinato, Nilvan passou alguns dias foragido em Picos. Depois, ele foi capturado e permaneceu preso por três meses. Desde então, ele aguardava o julgamento em liberdade.
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