Jeyson Moraes
Os motoristas e cobradores que trabalham no Consórcio Theresina, que atende a zona sudeste da Capital, paralisaram as atividades na tarde desta sexta-feira (24) após não receberem o pagamento do auxílio-saúde de R$ 60.
Em entrevista ao GP1, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro), Antônio Cardoso, informou que o pagamento do auxílio-saúde, de apenas R$ 60, foi pago por todas as empresas das demais zonas da cidade, porém, somente os trabalhadores da zona sudeste ficaram sem receber.
“Fizemos mobilizações nossas, conversamos com o Setut e foi definido que todas as empresas iriam pagar os benefícios e hoje, somente o Consórcio Theresina, da zona sudeste, não pagou”, declarou o presidente do Sintetro, ao GP1.
Conforme Cardoso, os direitos dos trabalhadores que devem ser pagos pelas empresas foi definido em acordo com o Ministério Público do Trabalho. Além do auxílio-saúde, foi definido o auxílio-alimentação de R$ 170. “Tivemos um acordo no Ministério Público do Trabalho, onde foi designado que as empresas pagassem os salários, o auxílio-alimentação de R$ 170 e o auxílio-saúde de R$ 60”, disse Antônio Cardoso.
Outro lado
Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) comunicou que o não pagamento do benefício ocorre porque estão fora do período correto, pois a Convenção Coletiva de Trabalho para 2023 ainda está em negociação.
Confira a nota na íntegra
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que será irregular e abusiva, qualquer paralisação que alguns dirigentes sindicais possam vir a realizar nos terminais do sistema.
Alguns desses sindicalistas, por decisão pessoal, estão buscando receber o auxílio saúde e auxílio do ticket alimentação, fora do período correto, uma vez que a Convenção Coletiva de Trabalho para 2023 ainda está em negociação pelos dois sindicatos e, com isso, as empresas não podem conceder benefícios ainda não negociados.
Além do motivo acima, infelizmente o sistema ainda carece do repasse financeiro contratual por parte da prefeitura, para os consórcios operacionais poderem fazer suas obrigações.
O SETUT já está tomando as providências jurídicas necessárias para coibir essa ação de alguns sindicalistas, e reitera que essa ação de paralisação de forma irregular prejudica sobremaneira a sociedade, notadamente os clientes usuários do transporte, que necessitam diariamente se deslocarem.
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