O delegado Barêtta, coordenador do DHPP, afirmou em entrevista ao GP1, nesta terça-feira (14), que o delegado Divanilson Sena representou pela prisão preventiva dos três acusados de participarem da tentativa de assalto que resultou na morte da estudante de Medicina, Flávia Wanzeler, de 22 anos, no domingo (12).
Antônio Cleison, 29 anos, vulgo Macapá; Denilson Weviton Santos Nicolau, 20 anos, de alcunha Ceará e Francisco Emanoel dos Santos Gomes, 21 anos, vulgo Biel, foram presos em flagrantes nessa segunda-feira (13).
Conclusão do inquérito
“Temos 10 dias para concluir o inquérito, que será instruindo com todas as peças necessárias, com todas oitivas colhidas e outras diligências, se necessário for, juntado dos laudos e encaminhado ao Poder Judiciário”, pontuou o delegado Barêtta.
Ainda de acordo com Barêtta, o inquérito será bem feito para garantir que todos sejam devidamente condenados. “Eu posso lhe garantir que o inquérito está muito bem instruído, ele será encaminhado como uma verdadeira peça de um exame de corpo de delito com a conduta criminosa individualizada de cada um desses indivíduos”, assegurou.
“Nós esperamos que o Ministério Público não só ofereça a denúncia, mas que eles se submetam a instrução criminal e, com as peças que estamos mandando, evidentemente, não haverá espaço para que a defesa possa desclassificar nenhum dos atos. Tudo que está lá servirá para esses indivíduos receberem a pena máxima”, reforçou o delegado Barêtta.
Bandido sorriu após atirar em Flávia
O delegado contou ainda que, após efetuar o disparo, Biel falou para o comparsa que o tiro foi um “efeito colateral” e sorriu. “Segundo o depoimento do Ceará que foi o que desceu para fazer a abordagem com o Biel no momento que o rapaz deu a ré e tentou se desvencilhar, o Biel encostou do lado do motorista e efetuou o disparo, a curta distância. O Ceará disse que, inclusive, falou que não tinha necessidade de atirar e que perguntou porque ele atirou e que Biel respondeu: ‘isso aí é apenas um efeito colateral’ e começou foi a sorrir, entraram no carro e foram embora”, relatou Barêtta.
“Ele é um indivíduo sarcástico, insensível, você não poderia esperar outra dele. É um indivíduo que faz do crime o seu meio de vida, que reitera a pratica criminosa. Agora, nós esperamos que ele juntamente com os outros apodreçam na cadeia”, desabafou Barêtta.
Exame balístico
Sobre a arma apreendida, o delegado explicou que será feito exame para saber se realmente foi a arma usada no crime. “Nós vamos fazer a comparação, já foi feita a requisição para o exame de microcomparação balística porque o projétil já foi retirado do corpo de Flávia e já enviado à perícia criminal”, pontuou Barêtta.
O crime
A estudante de Medicina, Flávia Cristina Wanzeler Sampaio, de 22 anos, foi assassinada durante uma tentativa de assalto no domingo (12), na zona leste de Teresina.
Ela e o namorado estavam em um Nissan Kicks, de cor branca, na Avenida Homero Castelo Branco, entre as ruas Alecrim e Tomaz Tajra, quando foram interceptados por três homens que estavam em modelo Renault Kwid, de cor azul.
Dois homens desceram do carro e o motorista permaneceu no interior do veículo. Na tentativa de escapar do assalto, o namorado de Flávia deu a ré, mas esbarrou no portão de uma obra e, nesse momento, um dos criminosos efetuou um único disparo, atingindo a estudante de Medicina no ombro, mas a bala acabou se alojando no coração da vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu logo depois, no Hospital São Paulo.
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