Os moradores do condomínio Gramado Park Residence, localizado na Avenida Professor Camilo Filho, zona sudeste de Teresina, estão passando por vários transtornos em função da destinação do aterro proveniente das obras de construção do viaduto na ladeira do Uruguai, que está sendo despejado em um terreno em frente ao residencial. A obra é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Segundo os moradores, além da poeira e também da lama, o grande fluxo de veículos pesados que fazem fila na frente do condomínio expõe todas as pessoas que passam na região em risco, pela ausência de sinalização na via.
Em entrevista ao GP1, Darwin Rufino, que faz parte da comissão de moradores do condomínio, alertou que o problema surgiu nas últimas duas semanas. “Pelo que tomamos conhecimento aqui trata-se de uma estocagem do material que estão retirando do rebaixamento da BR 343 e que por nossa via já ser bastante precária, em termos de asfalto e por falta de acostamento, essa situação está nos causando bastante constrangimento. Por conta do barro que está sendo despejado, isso causa muita sujeira, além disso, eles estão estacionando os caminhões, impedindo o fluxo da via, o que deixa o local bem propício a acidentes”, explanou Darvin Rufino.
Com sugestão, o Darwin pontuou que há uma rua atrás do referido terreno, que pode ser utilizada para acessá-lo, evitando os transtornos que têm se evidenciado diariamente na área do condomínio Gramado Park Residence.
“Existem outro acesso a esse terreno pelo fundo, também é uma via asfaltada. Então seria uma alternativa com bem menos transtornos e que poderia ser utilizada como acesso a esse terreno. Outra alternativa seria também que fizessem, na verdade, até por obrigação, a limpeza periódica da via. Então é uma situação que a gente a princípio pensou que a pudesse ser resolvida de maneira rápida, mas que em pouco tempo piorou bastante”, lamentou o morador.
O que diz o DNIT
Procurado pelo GP1, o coordenador de engenharia do DNIT no Piauí, Douglas Lemos, afirmou que esteve no local na tarde dessa quinta-feira (09) e notificou a empresa responsável pela obra, a fim de readequar a entrada dos caminhões ao local, onde funcionará o canteiro de obras do rebaixamento da Avenida João XXIII.
"Esse terreno é de propriedade da construtora que está executando o serviço de rebaixamento da Avenida João XXIII. Nesse terreno não será depositado nenhum material da obra, que será depositado no aterro de Altos. Esse material é uma parte da marginal que está sendo utilizado para fazer a terraplanagem do terreno, uma vez que esse terreno será o canteiro, onde vai funcionar a parte administrativa da obra. Eu notifiquei a empresa para eles colocarem um técnico de segurança para proceder com esse cuidado da saída e entrada de caminhões, além de retirar essa entrada e saída de caminhões", explicou Douglas Lemos.
Obras em andamento
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) deu início à construção da Trincheira da Ladeira do Uruguai, na zona leste de Teresina, no ano de 2021, no trecho localizado no cruzamento da Avenida João XXIII com a Avenida Zequinha Freire.
O custo total estimado da construção da trincheira é de aproximadamente R$ 38 milhões.
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