A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), indiciou a empresária Letice Maria Sousa Colasso pelo crime de estelionato, no caso em que ela é acusada de tentar vender um imóvel que não lhe pertencia, situado no condomínio Terras Alphaville. O relatório do inquérito policial com o indiciamento foi assinado pelo delegado Humberto Mácola, nessa quarta-feira (27).
Letice Colasso alugou a casa no referido condomínio e, posteriormente, a proprietária tomou conhecimento de que a empresária estava anunciando a venda do imóvel nas redes sociais, pelo valor de R$ 1,4 milhão. Ainda conforme a vítima, o aluguel estava atrasado desde junho deste ano.
Em meio às investigações, Letice Colasso foi presa preventivamente no último dia 20, sendo colocada em liberdade dois dias depois, por decisão do desembargador Sebastião Ribeiro Martins.
Ostentação nas redes sociais
Segundo o relatório de missão policial realizada no âmbito da investigação, Letice Colasso ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, contudo, responde a inúmeros processos motivados por não cumprimento de compromissos financeiros.
“Letice também faz ampla divulgação de sua vida pessoal, em que ostenta bens e viagens nacionais e internacionais, incluindo roteiros famosos como Disney e Dubai. Em contrapartida, mesmo diante de todo potencial financeiro demonstrado em rede social, Letice enfrenta inúmeros processos cíveis e criminais, motivados pelo não cumprimento de compromissos financeiros”, consta no relatório.
Ainda conforme a Polícia Civil, a empresária “tem atuado de forma contumaz na aquisição de vantagens em detrimento de terceiros”.
“A publicação de anúncio de venda de um imóvel que não é de sua propriedade (locado pela investigada) e, ainda, por valor abaixo do valor de mercado em uma rede social de grande alcance (cerca de 156 mil seguidores) seguem uma linha evidenciada nas inúmeras ações judiciais, uma vez que Letice tem atuado de forma contumaz na aquisição de vantagens em detrimento de terceiros”, diz outro trecho do relatório.
“Disposição de coisa alheia como própria”
Diante de todas as informações levantadas na investigação, o delegado Humberto Mácola concluiu pelo indiciamento de Letice Colasso pela prática de “disposição de coisa alheia como própria”, um dos tipos de estelionato.
“Determinadas as circunstâncias em que ocorreu, bem como os meios empregados, está provada a materialidade do delito com os elementos de prova colhidos, o que motiva o presente indiciamento de Letice Maria Colasso, pela conduta de disposição de coisa alheia como própria”, concluiu o delegado titular da DRCI.
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