O vice-prefeito de Teresina, Robert Rios, concedeu entrevista ao GP1 nesta quarta-feira (27) e comentou sobre a crise na saúde pública de Teresina. Nesta tarde, os equipamentos de imagem, incluindo tomógrafos e aparelhos de raio-x, foram removidos do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e de mais 11 unidades de saúde administradas pela prefeitura por falta de pagamento.
Robert Rios não poupou críticas à gestão de Dr. Pessoa e descartou qualquer possibilidade de assumir a prefeitura em caso de afastamento do atual prefeito. “Eu não tenho nenhuma vontade de assumir o lugar dele, nenhuma, eu não serei o piloto do caos, de um avião que está caindo a deriva”, declarou Robert Rios.
Sobre a crise na saúde, Robert Rios afirmou que denunciou a situação para o Ministério Público, Câmara Municipal de Teresina e Tribunal de Contas do Estado há cerca de um ano e desde então está fora da prefeitura.
“Eu denunciei isso no ano passado, eu prestei depoimento ao Ministério Público, à Câmara de Vereadores e ao Tribunal de Contas, mas eu não tenho mais nenhuma relação com isso, até o prédio da vice prefeitura eu entreguei, não tenho mais nada com a prefeitura. Estou com um ano que não boto os meus pés na prefeitura. Última vez que estive lá foi em 30 de dezembro, daqui a três dias faz um ano”, comentou Robert Rios.
Família de Dr. Pessoa na gestão
O vice-prefeito também criticou a presença de familiares de Dr. Pessoa na gestão, a exemplo do filho, João Duarte, o Pessoinha, que chefia a Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano – ETURB.
“O Dr. Pessoa não está na gestão, ele não está no comando, quem está no comando é a família, é o filho, a mulher, o tio e uma pancada de sobrinhos dele. Veja só quanto o filho do prefeito, o Pessoinha, gastou na iluminação de Natal, enquanto isso os terceirizados estão com quatro a cinco meses sem receber, não tem insumos nos hospitais, falta esparadrapo, gazes, anestesia no HUT”, finalizou Robert Rios.
Grupo de vereadores propõe CPI sobre crise na Saúde e Dr. Pessoa pode ser afastado
Um grupo de vereadores de Teresina está defendendo a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para analisar o caos na Saúde Pública da Capital. O GP1 apurou que o presidente da Câmara Municipal, vereador Enzo Samuel (PDT), vai convocar, até o dia 8 de janeiro, uma sessão extraordinária com os parlamentares para avaliar a situação.
Uma fonte ouvida pelo GP1, mas que pediu reserva do nome, explicou que a Câmara já conta com as dez assinaturas necessárias para a instalação da CPI. Com isso, e dependendo do resultado desta reunião, o prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) poderá até mesmo ser afastado do cargo enquanto a investigação estiver em curso.
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