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Teresina - Piauí

Secretário de Finanças de Teresina ignora crise na Saúde: "a FMS é autônoma"

Contudo, o estatuto da FMS afirma que a fundação está submetida à fiscalização da Secretaria de Finanças.

O secretário municipal de Finanças, Esdras Avelino, ignorou a gravidade da atual crise na saúde da Capital ao afirmar, nesta quarta-feira (27), que a Fundação Municipal de Saúde (FMS) possui autonomia para regularizar os pagamentos em atraso. Um dos problemas mais sérios decorre da escassez de equipamentos, visto que os tomógrafos e aparelhos de raio-x do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) foram desativados e removidos pela empresa fornecedora.

Buscando esclarecimentos sobre a falta de pagamentos, nossa reportagem procurou o secretário, e Esdras afirmou que a responsabilidade administrativa na área da saúde não recai sobre a Secretaria de Finanças.


Foto: Alef Leão/GP1Secretário municipal de Finanças Esdras Avelino
Secretário municipal de Finanças Esdras Avelino

"É com a FMS, aqui é a Secretaria de Finanças, não temos informação sobre esse pagamento. O cronograma e essas coisas são todos feitos pela Fundação. A FMS é autônoma", se pronunciou o secretário.

FMS e Secretaria de Finanças

O estatuto da FMS, em seu artigo 1º, ressalta que a Fundação possui autonomia administrativa e financeira, contudo, é vinculada à Secretaria Municipal de Finanças para efeitos de supervisão e fiscalização.

“A Fundação Municipal de Saúde - F.M.S. - pessoa jurídica pública de direito privado, com autonomia administrativa e financeira, vinculada, para efeito de supervisão e fiscalização, à Secretaria Municipal de Finanças, tem por objetivo o planejamento e a execução da política de saúde do Município de Teresina, desenvolvendo atividades integradas de prevenção, proteção, promoção e recuperação da saúde”, diz o estatuto.

Foto: Reprodução/FMSEstatuto da Fundação Municipal de Saúde
Estatuto da Fundação Municipal de Saúde

Caos na saúde

O GP1 recebeu, nesta quarta-feira (27), denúncia de uma série de problemas no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O mais grave deles é a falta de aparelhos: segundo apurado por nossa reportagem, os tomógrafos e aparelhos de raio-x do hospital foram desativados e removidos pela empresa fornecedora dos equipamentos, por falta de pagamento.

Sem esses dois aparelhos imprescindíveis para a realização dos exames, de grande demanda, leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do hospital poderão ser bloqueados.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1Aparelhos recolhidos do HUT
Aparelhos recolhidos do HUT

Além disso, o GP1 apurou que o atendimento está sendo afetado pela falta de diversos medicamentos e o setor da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neurológica está sem funcionar por falta de equipos (dispositivo que administra substâncias endovenosas).

Ar-condicionados e bebedouros

Outra denúncia recebida diz respeito a falta de ar-condicionados e bebedouros. A maioria dos aparelhos está sem funcionar e acompanhantes dos pacientes estão comprando água gelada nas barracas que ficam nos arredores do hospital.

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