Brunno Suênio
Thais Guimarães
O delegado Ademar Canabrava, titular do 12º Distrito Policial, responsável pela prisão do último acusado de participar do arrastão na residência do empresário Garimpeiro, informou ao GP1, nesta terça-feira (28), que Marcos Pereira da Silva Ramos possui uma extensa ficha criminal.
Segundo Canabrava, antes do assalto à casa do empresário, no Condomínio Fazenda Real, Marcos Pereira roubou uma loja em Timon e assaltou um outro empresário em frente a uma casa lotérica na zona leste de Teresina. Conforme o titular do 12º DP, o roubo à loja em Timon e o assalto em frente a lotérica ocorreram no dia 14 de outubro, ou seja, quase um mês antes ao arrastão na residência do empresário Garimpeiro.
“Esse elemento é foragido do sistema prisional e nós estávamos investigando ele devido ao assalto que houve na loteria, no balão da Universidade. Ele participou do assalto à residência do empresário Garimpeiro, participou do assalto à loteria e participou de um outro assalto na cidade de Timon”, afirmou o delegado Canabrava.
“Altamente perigoso e violento”
O delegado do 12º DP ressaltou que Marcos Pereira é um homem extremamente perigoso e violento. “Não podemos deixar um elemento desses que adentra um condomínio fechado, com tanta segurança, e ele tem coragem para fazer isso, imagina em outro lugar. Uma loteria que provavelmente pode ter segurança armada, ele vai lá e faz [o assalto] em uma avenida de Teresina de tanto movimento, no horário de meio-dia, e ele age. Então, você vê que ele é um homem altamente perigoso e violento”, frisou Ademar Canabrava.
Assalto em frente à lotérica
O GP1 teve acesso a um vídeo registrado por uma câmera de segurança, que mostra o exato momento em que três assaltantes, sendo um deles Marcos Pereira, abordam o empresário dentro de um carro na frente da casa lotérica situada na Avenida Nossa Senhora de Fátima, zona leste de Teresina.
No vídeo, é possível ver o empresário dentro do seu carro, um Fiat Strada, acompanhado de um homem no banco do passageiro. Os três criminosos chegam em um veículo Chevrolet Onix e anunciam o assalto, rendendo as duas vítimas, que foram retiradas do automóvel. Em determinado momento um dos bandidos chega a jogar o empresário no chão.
A ação criminosa durou pouco mais de um minuto e o trio fugiu em destino ignorado. Marcos Pereira foi preso nessa segunda-feira (27) e os outros dois seguem foragidos.
Empresário Garimpeiro
O arrastão à residência do empresário Garimpeiro aconteceu na noite do dia 9 de novembro. Três criminosos encapuzados invadiram o condomínio Fazenda Real, localizado na BR 343, e fizeram um arrastão na casa. Eles roubaram mais de R$ 300 mil em joias, R$ 52 mil em dinheiro, uma coleção de relógios e uma pistola G2C 9mm.
Quatro dos cinco acusados de participação no crime foram presos no dia 13 pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO): Patrício Rodrigues de Souza, Ismael Carlos Vieira da Silva, Cleiton Borges da Silva e Wallyson Felipe de Sousa Alves. Marcos Pereira Ramos da Silva seguiu foragido até ser capturado nessa segunda (27).
Função de cada acusado no assalto
Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, Ismael, Wallyson e Marcos invadiram a casa do empresário munidos de orientações repassadas por Patrício Rodrigues, que detinha informações privilegiadas por já ter prestado serviços no condomínio Fazenda Real, onde fica a residência. Já Cleiton Borges é acusado de fornecer armas ao grupo.
“O Patrício, por ter trabalhado no condomínio, tinha algumas informações, foi um dos responsáveis por passar essas informações para esse grupo criminoso. Além de repassar as informações, ele também ficou responsável por destruir as provas, como, por exemplo, essas luvas que foram utilizadas por esses indivíduos e também alguns documentos da vítima que foram subtraídos, mas ele deixou de destruir e nós encontramos todo esse material e parte também das joias na casa dele. O Ismael, o Wallyson e o Marcos, que está foragido, eles três participaram diretamente da ação. O Cleiton foi um dos indivíduos que emprestou uma das armas utilizadas no crime”, detalhou o delegado.
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