As advogadas Eulália Queiroz e Yasmim Carvalho, que atuam na defesa do professor do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Tancredo Augusto Carvalho Fontineles, se manifestaram nesta quinta-feira (23) sobre a acusação de importunação sexual que contra o docente. Em publicação nas redes sociais, a defesa de Tancredo Augusto aponta que ele não sabia que a vítima, abordada por ele em uma loja de conveniência, era menor de idade.
Vídeos de câmeras de segurança mostraram o momento em que a adolescente está no estabelecimento e é surpreendida com a aproximação de Tancredo. O professor chega a pedir ajuda para a menina e quando ela insinua que vai sair do local, o docente entrega seu aparelho celular e pede o Instagram da adolescente. Assim que identifica o perfil na rede social, devolve o telefone para Tancredo, que em seguida coloca a mão na cintura da vítima, beija a sua mão e tenta beijá-la na boca, mas teve a tentativa frustrada ao ser empurrado.
Conforme a defesa do docente, o caso em questão não se trata de importunação sexual, além de não possuir nenhum agravante que traga a conotação de algo semelhante, visto o “denodo e respeito que o acusado sempre declinou ao gênero feminino”. Além disso, menciona que a veiculação do crime fomenta “o cancelamento de reputações construídas com muito decoro ao longo do tempo”.
“É importante destacar que não ocorreu nenhuma espécie de importunação sexual, tendo a tentativa de aproximação cessado tão logo observados os primeiros sinais de negativa. Não houve violência e nem constrangimento, especialmente pelo denodo e respeito que o acusado sempre declinou ao gênero feminino. As notícias falaciosas e sensacionalistas a esse respeito prestam um desserviço a todas as partes envolvidas, notadamente por criarem fatos inexistentes e por fomentarem o cancelamento de reputações construídas com muito decoro ao longo do tempo”, apontou a defesa de Tancredo Augusto de Carvalho Fontineles.
Ainda na publicação, as advogadas também esclarecem que o acusado se encontra à disposição para todas as providências legais. “Necessário frisar que o professor está totalmente à disposição das autoridades para elucidar os fatos, ao tempo em que lamenta e encarece sinceras desculpas à vítima e a seus familiares. Somente após a repercussão que o caso tomou, é que chegou ao seu conhecimento de que se tratava de uma menor de 18 anos”, continuou a nota das advogadas.
Solto na audiência de custódia
Nessa terça-feira (21), a juíza Luciana Rocha Damasceno Cavalcante, da Central de Audiência de Custódia, concedeu liberdade ao professor do IFPI, Tancredo Augusto de Carvalho Fontineles, após pagamento de fiança no valor de cinco salários mínimo, ou seja, R$ 6 mil, além de aplicação de medidas cautelares.
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