A Polícia Federal prendeu em Teresina, na manhã desta quarta-feira (04), um homem identificado pelas iniciais J. R. M., 23 anos, flagrado com dez cédulas falsas de R$ 100. Ele foi preso em um apartamento de um condomínio situado no bairro Novo Horizonte, zona sudeste da capital.
O GP1 obteve, com exclusividade, informações detalhadas da ação, que contou com apoio dos Correios, que, por sua vez, havia encaminhado ofício à PF nessa terça-feira (03), informando a identificação de uma encomenda com suspeita de conter cédulas falsas. A apuração se deu mediante inspeção do pacote em máquina de raio-x.
Munidos de todas as informações, agentes da PF acompanharam um funcionário dos Correios até o endereço do suspeito, onde o pacote seria entregue. No momento em que o corretor iria receber a encomenda, os policiais interviram e deram voz de prisão ao acusado.
O pacote foi enviado de Brasília (DF) e tinha como remetente uma pessoa identificada como Everton Silva Mendes.
O que diz o acusado
Em depoimento à PF, o suspeito informou aos policiais que havia comprado o dinheiro falso por meio do aplicativo Telegram e que pagou, via pix, R$ 150,00 pelo envio de R$ 1.000,00 – dez notas falsas de cem reais.
O acusado admitiu ainda ter pago mais R$ 130,00 pela remessa de mais R$ 1.000,00 em cédulas falsas, remessa que ainda não foi entregue.
Identificação das notas falsas
A Polícia Federal realizou uma perícia nas notas apreendidas, que atestou se tratarem de cédulas falsas. Foram realizados exames por intermédio de observação direta e mediante o uso de instrumentos óticos adequados (lupas manuais, aparelhos documentoscópicos com iluminação artificial emergente, incidente, rasante e ultravioleta e réguas milimetradas), verificação de tipos e qualidade de impressão, qualidade do papel e demais elementos de segurança, segundo os procedimentos sistematizados pelo Instituto Nacional de Criminalística.
A PF concluiu que as cédulas analisadas foram impressas por tecnologia jato de tinta em papel de qualidade inferior ao oficial e nelas foram simulados os elementos de segurança, marca d’água, fio de segurança, faixa holográfica e fibras e impressões luminescentes à radiação ultravioleta.
Acusado foi solto
O juiz federal Agliberto Gomes Machedo concedeu liberdade provisória ao suspeito, durante audiência de custódia realizada na tarde desta quarta (04). Ele poderá responder pelo crime de moeda falsa, cuja pena varia de três a 12 anos de reclusão e multa.
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