A Polícia Civil do Piauí indiciou, no dia 20 de outubro, 26 integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que domina o bairro Alto da Ressurreição, na zona sudeste de Teresina. O GP1 obteve, com exclusividade, a lista dos indiciados, todos eles presos na Operação Laje III, deflagrada no dia 11 de agosto pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO). O relatório de indiciamento é assinado pelo delegado Eduardo Aquino.
Foram indiciados por integrar organização criminosa os seguintes faccionados: Mateus Araújo de Sousa, Pablo da Silva Santiago, Rondinele dos Santos Silva, Luiz de Souza Lima Filho, Ivan Diego Silva, Ítalo Moreira da Silva, Rauwanderson Gaudencio de Araújo, Thomas Antony Pereira da Silva, Luciano Silva de Oliveira, Iago do Nascimento Oliveira, Thalysson Soares Lima, João Vitor Araújo de Quadro, João Lucas de Araújo Silva, Rhyan Pablo Brito da Silva, Kassio Alves Bezerra, Anderson Cartegiane Pereira de Sousa, Jailson Aguiar da Silva, Pedro Gustavo Pereira, Warley Igor Alves da Costa, Naiara Costa Alves, Paulo Vitor dos Santos Sousa, Givanildo Collect Cunha Araújo Filho, Francisco Fernando Silva dos Santos, Raynara Beatriz Nunes da Cunha, João Victor Rodrigues de Paiva Barros e Samuel Victor de Jesus Rocha.
Segundo o relatório de indiciamento, a polícia chegou nos 26 nomes após apreender, em junho deste ano, o celular de um suspeito de integrar a facção. No aparelho, os investigadores identificaram um grupo de WhatsApp intitulado “Conexão A.D.R. tudo 3”, em alusão aos integrantes do PCC que residem no bairro Auto da Ressurreição.
Diante de tais informações, a polícia representou por medidas cautelares de prisão temporária e busca e apreensão nos endereços dos suspeitos membros do referido grupo de WhatsApp. Tal medida foi deferida pela Justiça e no dia 11 de agosto o DRACO deflagrou a Operação Laje III, efetuando a prisão dos suspeitos e apreendendo seus respectivos celulares.
“Finalizada a análise dos celulares dos alvos apreendidos durante o cumprimento das prisões temporárias, mais elementos do envolvimento dos investigados com a organização criminosa PCC foram trazidos aos autos, bem como foi confirmando que os terminais telefônicos utilizados pertencem aos mesmos, tudo detalhado em mais um minucioso Relatório Técnico Investigativo que embasou o pedido desta Autoridade Policial para que as prisões temporárias fossem convertidas em prisões preventivas”, consta no relatório de indiciamento.
Grupo de WhatsApp
O delegado narra em seu relatório que, no grupo de WhatsApp do núcleo do PCC eram compartilhadas mensagens diversas, “sejam elas alusivas à ORCRIM [Organização Criminosa] PCC, à rivalidade entre as facções criminosas em Teresina, ao cometimento de homicídios, a roubos, à prática de traficância, ao porte ilegal de arma de fogo, entre outros crimes”.
Grupo monitorava ações do DRACO
Ainda conforme o delegado, o grupo possuía o recurso de “mensagens temporárias” para dificultar a busca de dados relacionados aos faccionados, que também se comunicavam no sentido de monitorar as ações do DRACO.
“Além disso, restara evidenciado que os integrantes do grupo realizam o monitoramento das operações deflagradas”, diz outro trecho do relatório.
Outros grupos
Durante as investigações a polícia verificou que os indiciados participavam de outros grupos relacionados ao PCC: “Tropa do cerol”, “Família Geral Vip Da Sudeste”, “Conexão de zonas todas as zonas”, “Os Apocalípticos”, “Tropa do Conflito”, “Quarteirão da Fumaça”, “Todo Mundo Maconheiro”, entre outros.
Indiciamento
Diante dos fatos, o delegado indiciou os 26 integrantes do núcleo do PCC que atuava no bairro Alto da Ressurreição. Caso sejam denunciados pelo Ministério Público e condenados pela Justiça, os indiciados podem pegar pena de até oito anos de prisão.
Ver todos os comentários | 0 |