Brunno Suênio
Wanessa Gommes
Quatro suspeitos de participarem da morte do policial militar do Maranhão, Francisco Machado de Carvalho Júnior, no dia 25 de agosto deste ano, em Teresina, seguem foragidos. O crime está sendo investigado como latrocínio.
Em entrevista ao GP1, nessa sexta-feira (20), o delegado Jorge Terceiro, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo caso, afirmou que já foram expedidos os mandados de prisão preventiva contra os foragidos e a investigação prosseguirá até prendê-los.
“A investigação continua no sentido de localizar os outros suspeitos para dar cumprimento aos mandados de prisão e também identificar outras pessoas que possam ter participado do delito, não descartamos a participação de outras pessoas, inclusive, a participação de um autor intelectual”, pontuou o delegado Jorge Terceiro.
Presos
Até o momento, duas pessoas estão presas, entre elas Marcus Vinicius Ferreira, apontado como sendo o autor dos disparos que mataram o policial. Ele foi preso em flagrante, na última quarta-feira (18), durante assalto a um estabelecimento, juntamente com um comparsa, na cidade de José de Freitas.
Já na Central de Flagrantes de Teresina, mesmo tendo apresentando o nome do irmão, os policiais o identificaram como sendo um dos procurados pela morte do policial, como explicou o delegado Jorge Terceiro. “A prisão desse indivíduo se deu no momento em que ele já encontrava na Central de Flagrantes de Teresina. Ele foi preso pela PM em José de Freitas e na autuação ele deu o nome de um familiar, tanto ele quanto o outro indivíduo preso, deram outros nomes, foram autuados, mas as equipes vendo as imagens dos indivíduos verificaram que um deles tratava-se de um alvo para qual tinha mandado de prisão em razão da investigação do latrocínio do policial militar Carvalho Júnior”, contou o delegado.
“Então, a nossa equipe se deslocou até a Central de Flagrantes e lá foi dado cumprimento ao nosso mandado, na ocasião ele assumiu ter usado nome falso. O que foi detido [Marcus Vinicius] foi quem efetuou os disparos contra a vítima”, pontuou Jorge Terceiro.
Latrocínio
Ainda conforme o delegado, o caso do policial está sendo investigado como latrocínio (roubo seguido de morte) porque, segundo ele, o objetivo dos bandidos era levar o dinheiro, o que acabou não acontecendo.
“O procedimento instaurado é por latrocínio. O objetivo realmente era praticar o assalto, mas deu errado e acabaram matando a vítima e fugindo sem levar nada”, declarou Jorge Terceiro.
O delegado ainda explicou o que pode ter dado errado no assalto, que resultou na morte do policial. “Pela própria velocidade da ação deles, a vítima conseguiu fechar a porta antes de ser abordada, ele [Marcus Vinicius] tentou forçar a porta do carro, não conseguiu e sabendo que a vítima estava armada, talvez fosse de conhecimento dele também, acabou efetuando os disparos, mas somente no interrogatório dele é que a situação será esclarecida, ele ainda não foi ouvido”, ressaltou Jorge Terceiro.
“No local do fato havia uma quantia em dinheiro. A equipe estava saindo para fazer o pagamento dos trabalhadores, era algo em torno de R$ 70 mil, dividido entre os dois fiscais, e a vítima não levava quantia nenhuma com ela”, enfatizou o delegado Jorge Terceiro.
O crime
O sargento da Polícia Militar do Maranhão, Francisco Machado de Carvalho Júnior, foi assassinado a tiros na tarde do dia 25 de agosto, na Avenida Barão de Gurgueia, próximo à Rua Climério Bento Gonçalves, zona sul de Teresina. A vítima era lotada no 11º Batalhão da PM de Timon.
Testemunhas relataram ao GP1 que o policial estava em seu veículo estacionado na calçada, uma S10, de cor prata, quando foi surpreendido pelo atirador, que efetuou vários disparos de arma de fogo pela porta do motorista, que estava com os vidros fechados.
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