Yrla Silva, uma das amigas que estava com a blogueira Samynha Silva, no momento em que ela foi assassinada nesse domingo, na Avenida João XXIII, bairro São Cristóvão, zona leste de Teresina, divulgou em seu Instagram uma série de stories dos últimos momentos que antecederam o crime.
As duas amigas passaram o dia no Eldorado Country Club e no final da tarde deixaram o local e se dirigiram para a Avenida João XXIII, juntamente com uma terceira jovem.
No momento em que as três vítimas saíram da Rua Coronel Belisário da Cunha e acessaram a Avenida João XXIII, elas foram abordadas por dois criminosos ainda não identificados em uma moto.
As vítimas abandonaram a motocicleta Honda XRE 300, que era conduzida por Samynha Silva, e correram. O atirador perseguiu Samynha, que foi alcançada pelo acusado na pista superior da Avenida João XXIII, onde foi executada.
Durante o tiroteio, Yrla Silva teve seu aparelho celular atingido por um dos disparos e, por sorte, o projétil não a alvejou e ela saiu ilesa, bem como a outra amiga que também estava na garupa da moto conduzida por Samynha Silva.
Sobreviventes prestam depoimento no DHPP
No final da manhã desta segunda-feira (02), Yrla Silva prestou depoimento à delegada Nathália Figueiredo, titular do Núcleo de Feminicídio do DHPP. Ela chegou acompanhada da mãe e deixou a sede do departamento no início desta tarde.
A segunda sobrevivente, que até o momento não teve a identidade revelada, foi ouvida no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa pelo delegado Divanilson Sena, que também participa das investigações capitaneadas pela delegada Nathália Figueiredo.
Crime pode ter relação com rixa entre PCC e Bonde dos 40
O GP1 obteve acesso às imagens que mostram Samynha Silva dançando e fazendo o símbolo do número "3" com a mão direita, em apologia às três letras da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
No vídeo, ela aparece consumindo bebidas alcoólicas em companhia de duas amigas em um salão de beleza. A Polícia Civil não descarta a hipótese de o homicídio ter ocorrido em função da disputa entre facções antagônicas com atuação na Capital do Piauí.
Antes de ser morta, a blogueira Samynha Silva tinha mais de 40 mil seguidores nas redes sociais e, em menos de 24 horas, 20 mil novos usuários do Instagram passaram a segui-la. Ela era bastante conhecida por se envolver em polêmicas, uma delas no mês de agosto, quando ela comemorou a votação no STF, acerca da descriminalização do uso da maconha.
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