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Teresina - Piauí

Vídeo mostra mulher sendo torturada antes de ser morta em Timon

O vídeo foi enviado para a família de Joycilene Nascimento logo após o desaparecimento da moça.

O GP1 teve acesso a um vídeo em que Joycilene Nascimento Silva, de 32 anos, que foi encontrada morta na última terça-feira (06), no Rio Parnaíba, próximo ao Encontro dos Rios, em Teresina, aparece sendo brutalmente agredida e com o rosto completamente desfigurado.

O vídeo em questão foi enviado para a família de Joycilene, logo após o desaparecimento da moça, que foi vista pela última vez com vida no dia 4 de setembro em um clube de reggae na cidade de Timon.


Nas imagens, é possível ver Joycilene ensanguentada e com o rosto completamente desfigurado, enquanto é indagada por vários homens e mulheres, que chegam a citar como rival a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Investigações

Em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (08), o diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, afirmou que a investigação já foi iniciada e que, inclusive, já foi traçada uma linha do tempo desde o momento em que a mulher desapareceu.

Foto: Reprodução/WhatsAppJoycilene Nascimento Silva
Joycilene Nascimento Silva

“O que consta é que ela saiu no dia 5 para ir a um clube de festa em Timon e de lá ela foi até uma casa de reggae, em Timon, acompanhada da irmã. Essa irmã relata que lá ela começou a ser agredida por umas mulheres e por uns homens e depois essa irmã disse que fugiu, pegou um mototáxi e foi embora para casa, depois retornou de novo ao local e não encontrou mais a irmã. Em seguida ela foi na casa dos pais comunicar, a partir daí a família começou a procurar e passou a receber áudios, dizendo que ela estava em um cativeiro, depois recebeu um vídeo mostrando que ela estava bastante machucada”, relatou o delegado Barêtta.

Ligação com facção criminosa

O diretor do DHPP disse, no entanto, que ainda é cedo para afirmar se a vítima ou algum familiar possui relação com alguma facção criminosa e que mais levantamentos serão realizados para esclarecer a motivação do crime.

Foto: Alef Leão/GP1Barêtta
Barêtta

“Lá no vídeo tem uma mulher falando com outra no fundo, mas a investigação está sendo inaugurada agora. É uma investigação que nós vamos trocar informações, procurar conversar com o delegado regional de Timon, também da Homicídios, no sentido de angariar algumas informações. Vou saber também se havia algum registro de desaparecimento dessa moça na cidade maranhense e tudo será formatado, configurado e levado para os autos do inquérito policial que eu já despachei para as providências imediatas”, informou Barêtta.

Identificação dos executores

De acordo com Barêtta, as imagens do vídeo enviado à família da vítima serão analisadas com o intuito de localizar as pessoas que participaram do crime. “Temos uma imagem que precisa ser analisada. Lá tem algumas coisas que dá para dizer onde era o local e, a partir daí, identificar aquelas pessoas. A certeza que nós temos é que vamos identificar o autor material do crime, bem como definir a natureza jurídica do fato”, garantiu Barêtta.

Causa da morte

O delegado Barêtta disse ainda que ainda não foi possível identificar se a causa da morte da vítima foi por afogamento ou em razão de fortes lesões que ela possuía na cabeça, mas uma requisição foi enviada ao Instituto de Medicina Legal (IML), para que seja identificada a natureza do crime.

“Dificilmente, ela foi morta no local do crime, pois não tinha vestígio no local aparente. Nós requisitamos ao IML se quando ela foi emergida nas águas se ela ainda estava com vida. Aí vem a qualificadora da crueldade, mas eu preciso saber se ela foi submetida a sofrimento. Ela tinha cinco lesões profundas na cabeça que, aparentemente, não eram de arma de fogo, mas profundas, cortantes e contusas. Requisitamos ao médico legista e estamos aguardando o laudo para esclarecer a causa da morte, a natureza do crime em si”, completou o diretor do DHPP.

Entenda o caso

O corpo de Joycilene Nascimento Silva foi encontrado na manhã da última terça-feira (06), no Rio Parnaíba, próximo ao Encontro dos Rios, no bairro Poti Velho, na zona norte de Teresina. O corpo da vítima foi reconhecido pela mãe no Instituto de Medicina Legal de Teresina (IML).

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