A família de Lucas Vinicius Monteiro Oliveira contratou uma equipe particular de peritos e investigadores de São Paulo para investigar o desaparecimento do jovem. A decisão, no entanto, foi criticada pelo delegado Francisco Costa, o Barêtta, diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Em entrevista à imprensa na manhã desta terça-feira (27), Barêtta afirmou que a investigação paralela não levará a lugar algum. "Quanto à família contratar uma perícia ou outro procedimento, eu acredito que não levará a nada, porque o órgão oficial é a Polícia Civil, que está com o manto da legalidade, inclusive, com o ato de exame pericial através do Departamento de Polícia Técnico-Científica, e nós temos que ter hoje um perito oficial. Então, no caso da investigação criminal, é o órgão estatal que tem que dar a resposta e eu acredito que a resposta será dada nos próximos dias", declarou a autoridade policial.
O delegado disse que o inquérito do caso será concluído nos próximos dias. "Eu tenho conversado com a delegada Fernanda [Novaes], que é a responsável pelo procedimento investigatório, e ela está muito convicta de que a investigação está andando, e eu acredito que nos próximos dias deve estar concluída", afirmou o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Barêtta esclareceu que está em conversação com a delegada Fernanda Novaes, a delegada titular do caso, para saber mais detalhes sobre a investigação e para que a resposta seja dada para a família do jovem e para a sociedade. "Vou conversar logo mais com a delegada Fernanda para saber como é que anda a investigação, no sentido de que a gente possa dar uma resposta à sociedade concluindo esse inquérito policial", disse o delegado.
Demora para conclusão do inquérito
Por fim, o delegado Francisco Costa, o Barêtta, esclareceu as motivações pelas quais o inquérito, que já foi prorrogado, está se estendendo. Ele frisou que há elementos da investigação que ainda precisam ser respondidos, para que não fiquem dúvidas quando o inquérito for remetido à Justiça do Piauí.
"Evidentemente, que tanto nós, quanto a família ficamos nessa angústia, e a família principalmente porque quer uma decisão, não só a família, mas a sociedade, mas a gente tem que ver também que a demora não é uma escolha da autoridade policial, é uma necessidade de esclarecer os fatos, porque no exame pericial, conforme está sendo atentado aqui, há umas certas quesitações para que sejam respondidas, para que não reste nenhuma dúvida no término da investigação", atribuiu Barêtta.
Ver todos os comentários | 0 |