O Tribunal Popular do Júri condenou os réus Astrogildo Antônio da Costa e Antônio José da Silva a mais de 20 anos de prisão pelo homicídio qualificado do detento Fabrício Santos Silva. O crime ocorreu dentro da Penitenciária Mista de Parnaíba, em novembro de 2013. Astrogildo da Costa recebeu a pena de vinte e cinco anos de prisão, e Antônio da Silva foi penalizado em trinta anos de reclusão, ambos em regime fechado.
O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese apresentada pelo Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI), que apontou que os réus assassinaram Fabrício Santos Silva após ele ter testemunhado a dupla tentando matar um terceiro detento. Desse modo, o crime teria sido praticado no intuito de "queima de arquivo". A sentença foi proferida nessa segunda-feira (12).
Ambos os condenados possuem antecedentes criminais. Astrogildo Antônio da Costa, permanece preso em regime fechado, e já responde por quatro homicídios, roubo e furto. Por sua vez, Antônio José da Silva responde a um latrocínio, quatro homicídios, roubo e furto, e atualmente, cumpre prisão domiciliar, em virtude dele ter sido um dos detentos que sofreram envenenamento, durante uma dedetização feita na Cadeia de Altos. Ele deve retornar ao presídio para cumprir a pena pelo assassinato de Fabrício Santos Silva em regime fechado.
O crime
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Piauí, no dia 04 de novembro de 2013, por volta das 10h30, os réus, aproveitando-se do horário de banho de sol, entraram na cela de Fabrício Santos Silva, e o estrangularam usando lençóis. A motivação para o assassinato, é que a vítima teria testemunhado um crime anterior cometido pela dupla. Após o homicídio, Astrogildo e Antônio ainda simularam cena de suicídio, pendurando a vítima e amarrando uma corda em seu pescoço.
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