Brunno Suênio
O delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou em entrevista à imprensa na manhã desta terça-feira (09), que Maria Camila Ferreira da Silva, 15 anos, torturada e assassinada a tiros pelo Tribunal do Crime em abril desse ano, foi a mandante do assassinato de Luan Sousa Américo, 23 anos, seu ex-namorado.
Luan Sousa Américo foi assassinado com 18 tiros dentro de uma residência no dia 01 de novembro de 2021, na Rua Chilena, Vila Irmã Dulce, zona sul de Teresina. Nessa segunda-feira (08) foi preso um dos executores do crime, identificado como Jonas da Conceição da Silva.
Motivação
De acordo com o delegado Danúbio Dias, Maria Camila mandou matar Luan porque após o término do namoro dos dois, ele engatou um relacionamento com uma rival da adolescente. Ela então acionou a facção criminosa da qual fazia parte e exigiu que Luan fosse morto. O crime foi executado por Jonas e outras duas pessoas.
“Os investigadores estavam em diligências na região da Vila Irmã Dulce quando se depararam com ele no meio da rua e em razão de haver mandado de prisão contra ele, os investigadores o capturaram. O Luan, a vítima do homicídio no qual Jonas é réu no processo, tinha um envolvimento amoroso com a Camila e em determinado momento ele decidiu não mais permanecer com ela. O Luan passou a se relacionar com outra pessoa e a Camila, segundo informações, enfurecida, exigiu dos membros da facção, da qual ela era integrante, que eliminassem o Luan”, informou o delegado do DHPP.
Segundo o delegado Danúbio Dias, Luan Sousa Américo foi assassinado com 18 disparos de arma de fogo na frente da atual companheira e de uma criança.
“Na madrugada do dia 01 de novembro, o Luan estava dormindo com a atual companheira, rival de Camila, quando teve a residência invadida por três indivíduos e um desses indivíduos era o Jonas. Luan foi brutalmente assassinado na frente de uma criança, enteada dele. Ele teve 18 ferimentos por armas de fogo e os três indivíduos descarregaram as pistolas nele. O Jonas, quando foi preso ontem, alegou que não efetuou disparo, mas as testemunhas oculares do crime não deixam dúvidas de que ele de fato participou ativamente do crime”, frisou Danúbio Dias.
Extinção de punibilidade
O delegado Danúbio Dias garantiu que não há dúvidas quando à autoria intelectual do assassinato de Luan Sousa Américo, mas explicou que como Maria Camila está morta, houve a extinção de punibilidade. Já Jonas da Conceição será responsabilidade pela autoria material do crime.
"Camila, enfurecida pelo Luan não querer mais se relacionar com ela, exigiu da facção que o matasse. A Camila foi a mandante desse crime. Com relação a esse aspecto, a investigação está clara. Todas as pessoas ouvidas confirmaram essa mesma informação. Como ela, lamentavelmente, foi assassinada após o crime, houve a extinção de punibilidade pela morte dela”, explicou Danúbio Dias.
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