O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagrou operação na manhã desta quinta-feira (04) e prendeu duas mulheres e um homem acusados de envolvimento na morte da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, que foi torturada e assassinada em abril deste ano. As duas mulheres foram identificadas apenas como “Darly” e “Dany”, já o homem foi identificado como “Doutor”. Todas as prisões foram feitas na região da Vila Palitolândia, zona sul de Teresina.
A delegada Nathalia Sampaio, responsável pela investigação, explicou que o laudo pericial comprovou que a adolescente passou por uma espécie de “tribunal do crime”, sendo torturada antes de ser morta. Ela também destacou que as três primeiras prisões envolvendo o caso, realizadas ainda em junho, foram responsáveis pelos alvos desta quinta.
“A operação teve como motivação a morte da adolescente Maria Camila, ela teria sido, segundo os laudos periciais, torturada. Na primeira fase realizamos a prisão de três moças e através dessas prisões tivemos mais informações, sendo que através dessas informações a gente chegou a alguns nomes, que foram alvos dessa segunda fase. Hoje foram cumpridos três mandados, sendo duas moças e um rapaz, todos maiores de idade, todas as equipes do DHPP foram envolvidas e estavam nessas prisões, que foram realizadas na região da Palitolândia”, destacou Nathália Sampaio.
A delegada ainda comentou que foi instaurado um novo inquérito policial para identificar outros envolvidos. “Foi instaurado um novo inquérito policial no sentido de identificar e realizar a prisão dos demais envolvidos nessa espécie de tribunal do crime pelo qual a adolescente passou”, finalizou a delegada.
Outras três prisões
Amanda Thamires de Sousa Costa e Ingrid Thamires da Silva Azevedo, 20 anos, conhecida como “Bibi”, e apontada como sendo uma das líderes do PCC, foram presas no dia 9 de junho. Já Maria Vitória de Sousa Costa, 18 anos, foi presa pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) no dia seguinte, dia 10.
Guerra de facções motivou morte de Maria Camila
O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, revelou em entrevista à imprensa em junho que uma guerra entre as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Bonde dos 40 motivou o assassinato da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, 15 anos. Luccy Keiko confirmou a versão da mãe de Maria Camila, de que a adolescente foi traída e levada pelas então amigas para ser executada, após as gêmeas descobrirem que ela possuía uma tatuagem em alusão a facção Bonde dos 40.
“Foi uma guerra de facções, a vítima tinha uma tatuagem escrita B40 e essas duas gêmeas, Maria Vitoria e Amanda, relataram isso para a Bibi, depois fizeram essa sessão de tortura e juntamente com outras pessoas, executaram a vítima”, informou o delegado.
Entenda o caso
Equipes da Polícia Civil do Piauí encontraram o corpo da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, de 15 anos, no dia 27 de abril de 2022. Segundo a mãe da adolescente, Maria Cleone, Camila tinha envolvimento com pessoas ligadas ao crime. Ela saiu de casa no dia 23 de abril e desde então não foi mais vista com vida.
O corpo de Maria Camila foi encontrado em uma área de mata de difícil acesso no Povoado Boquinha, na região da Usina Santana, na zona sudeste de Teresina. O corpo da garota apresentava severas marcas de violência.
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