Os corpos de Eduarda Kemylly da Conceição Silva, de 9 anos, e Ana Ketlelly da Conceição Silva, de 11 anos, vítimas da tragédia que abalou a população de Nazária no último domingo (28), foram liberados do Instituto de Medicina Legal (IML) de Teresina, na tarde desta terça-feira (30).
As duas garotas estavam desaparecidas, desde quando se afogaram enquanto tomavam banho no Rio Parnaíba, em uma região onde havia um banco de areia, conhecido popularmente como “coroa”.
Na ocasião, outras três pessoas também acabaram se afogando e morreram, são elas: José da Cruz Alves, de 16 anos, e os irmãos Vitória Emanuelle Sales Santos, de 13 anos, e Marcos Vinicius Sales Santos, de 8 anos. Todos eles possuíam relação de parentesco.
Depois de um intenso trabalho de buscas pelas vítimas, duas equipes do Corpo de Bombeiros de Teresina conseguiram encontrar, inicialmente, Marcos Vinicius, nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (29). Logo mais, por volta de 11h, Vitória Emanuelle foi localizada e José da Cruz foi encontrado às 11h45 do mesmo dia.
Ao longo de toda a tarde de segunda-feira, familiares, amigos e parte da população de Nazária ficaram aflitos. A cada movimento atípico no local onde as crianças se afogaram os bombeiros intensificavam os trabalhos em busca dos dois últimos corpos que ainda restavam ser localizados, o que ocorreu somente na manhã desta terça-feira (30), um deles estava a cerca de 6 km do ponto do afogamento (Eduarda Kemylly) e o último (Ana Ketlelly) distante cerca de 11km.
Tragédia
A dor da perda é sentida não apenas pela família. O professor Francisco Orismar, diretor da Escola Municipal Lídia Ribeiro, onde estudavam três das cinco vítimas, suspendeu as aulas por tempo indeterminado.
“Estamos pensando na questão de dor enquanto nos solidarizar com as famílias e acompanhar as buscas, vamos agora acompanhar também o velório das pessoas que já foram encontradas, nossa equipe vai acompanhar também o velório e dar apoio à família, os amigos, mas nesse momento, não poderíamos precisar com exatidão como é que nós nos comportaremos em questão das aulas, porque é uma dúvida para todos do município”, declarou o professor.
Segurança
Em entrevista ao GP1, o coronel Veloso, Relações Públicas do Corpo de Bombeiros do Piauí, destacou algumas recomendações para quem for tomar banho em qualquer rio, evitando que tragédias como essas não se repitam na região.
“A gente precisa ter uma informação relacionada ao meio. O Rio Parnaíba tem essas coroas e essas coroas têm uma parte mais funda, geralmente, a parte mais baixa é a parte lateral, tem também uma parte mais rasa, que é a parte de cima. Então, tende a ser mais perigoso justamente na parte baixa, as pessoas devem evitar tomar banho nessa parte mais baixa, nessa parte lateral. Cada outro ambiente tem perfil próprio, até as piscinas, uma simples piscina que nós temos na nossa casa, ela pode ter acidentes”, afirmou o coronel Veloso.
Ainda segundo o oficial dos Bombeiros, antes de entrar na água as pessoas precisam se informar com quem já tem costume de mergulhar na região. “A gente tem que identificar o perfil do meio onde nós vamos entrar, essa identificação basicamente a gente consegue com os nativos, as pessoas que moram, que trabalham na região. Se você vai a uma praia, você procura o vendedor ambulante, você vai a uma piscina, você fala com o proprietário ou guarda-vidas, quem quer que conheça aquele mesmo ambiente”, alertou o coronel.
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