Germana Chaves
Thais Guimarães
A Câmara Municipal de Teresina avalia instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a gestão do presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, devido à falta de insumos e medicamentos na rede hospitalar da Capital. A informação foi confirmada pelo vereador Deolindo Moura (PT) na manhã desta quinta-feira (11).
Em entrevista à imprensa, Deolindo Moura afirmou que os vereadores veem com preocupação a falta dos produtos essenciais para o funcionamento da rede hospitalar. “Vemos de forma muito preocupante, não só em Teresina, como em todo o Brasil temos a falta de insumos. Hoje existe dificuldade em todo o Brasil, aqui em Teresina, de forma mais apropriada, temos essa dificuldade por parte da Fundação Municipal de Saúde, que alega esse problema, o que a gente observa com muita preocupação, porque até aqui a gestão, no que diz respeito à questão da saúde, ainda não mostrou a que veio. Nós sabemos das excelentes intenções do Dr. Pessoa, mas é necessário ter mais competência por parte de quem dirige a Fundação Municipal de Saúde, é necessário que haja mais sensibilidade com esse momento e mais planejamento”, ressaltou o vereador.
Por conta disso, os parlamentares estudam a possibilidade de instaurar uma CPI. “Sem dúvida nenhuma [podem instaurar CPI], se chegar a esse caso, mas o mais importante nesse momento é resolver essa problemática desses insumos básicos em falta, e outras questões que precisam de planejamento, organização e solução”, disse Deolindo Moura.
O que diz a Prefeitura de Teresina
O GP1 conversou com o secretário de Governo de Teresina, André Lopes, e ele explicou que na próxima quinta-feira, dia 18, a equipe da FMS vai se dirigir à Câmara Municipal para prestar todas as informações que forem solicitadas pelos vereadores.
“Gostaria de deixar claro que a gente entende o papel dos nossos vereadores, de fiscalização, eles estão dentro da obrigação e do papel que a população confiou a eles, então é legítimo e é correto que eles busquem sempre esses esclarecimentos. Nesse sentido, a gente tem toda a tranquilidade em reunir a Fundação Municipal de Saúde e ir à Câmara na próxima quinta-feira para justificar o que está acontecendo nos hospitais de Teresina”, declarou o secretário.
André Lopes enfatizou que a crise se dá em âmbito nacional. “Hoje inclusive foi veiculada uma matéria que demonstra como esse desabastecimento de insumos é um problema nacional. Temos uma crise de importações e de fornecimentos de produtos que tem afetado toda a rede hospitalar não só pública, como privada, em todo o Brasil”, colocou o gestor.
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