Está marcado para o próximo dia 25 de agosto o Júri Popular de Jhonathan de Sousa Silva e Elker Farias Veloso, acusados de matar o corretor de veículos, Fábio dos Santos Brasil Filho, 31 anos, mais conhecido como Fábio Brasil, em março de 2012, na Avenida Miguel Rosa, zona sul de Teresina.
O julgamento será presidido pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto e terá início às 8h30, no auditório da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, 10 anos após o assassinato.
Eles serão julgados pelo crime de homicídio qualificado (utilização de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima). Os dois serão defendidos pela Defensoria Pública do Estado do Piauí.
O crime
Fábio Brasil foi assassinado com dois tiros em frente a uma loja de som de carros na Avenida Miguel Rosa, zona sul de Teresina, no dia 31 de março de 2012. A vítima estava em um veículo modelo Saveiro Cross, cor branca, sem placa, que havia comprado no dia anterior, juntamente com o gerente de uma loja de carros, que informou na época que saiu do veículo quando os atiradores chegaram.
O gerente contou que colocou as mãos para cima e que o atirador disse que não tinha nada para resolver com ele, mas com o Júnior Brasil.
Morte de jornalista
O assassinato de Fábio Brasil pode ter sido um dos motivos da morte do jornalista maranhense Décio de Sá, em abril de 2012. O jornalista tinha informações que o corretor piauiense havia se envolvido com um empresário e seu pai, também tidos como agiotas.
Décio, que era repórter do jornal ‘O Estado do Maranhão’, da família Sarney, e tinha o blog mais lido do Estado do Maranhão, "pegou o fio da meada" sobre a morte em Teresina e começava a denunciar os mandantes, quando foi assassinado em um bar da Avenida Litorânea, em São Luís (MA).
De acordo com informações da polícia, o jornalista foi morto porque teria publicado, no Blog do Décio, reportagem sobre o assassinato do empresário Fábio Brasil envolvido em uma trama de pistolagem com os integrantes de uma quadrilha encabeçada por José Miranda e Glaucio Alencar, pai e filho, suspeitos de praticar agiotagem, junto a mais de 40 prefeituras no estado. Ele tinha 42 anos, era casado e tinha uma filha. Sua esposa, Silvana Sá, estava grávida quando o marido foi assassinado.
Condenação
Jhonathan de Sousa Silva foi condenado a 25 anos e três meses de prisão em regime fechado pela morte do jornalista Décio Sá. O Júri Popular foi realizado no dia 5 de fevereiro de 2014.
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