Após dois anos sem acontecer em decorrência da pandemia da covid-19, a Arquidiocese de Teresina voltou a realizar, nesta quinta-feira (16), no Centro da Capital, a tradicional missa e procissão em celebração ao Corpus Christi. A comunidade da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora das Dores, localizada na Praça Saraiva, confeccionou o tapete com imagens que lembram o corpo e sangue de Jesus Cristo, por meio da representação do pão e vinho. Ao todo, foram utilizados 20 mil litros de serragem.
Na ocasião, foi comemorado o aniversário de 75 anos do arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, que destacou que a volta da procissão marca a alegria dos fiéis e a oportunidade de celebrar o corpo de Cristo. “Exultante de alegria, porque é a única procissão do ano que acontece a maior demonstração pública de fé na presença de Jesus. Estávamos privados dessa alegria e nos vem essa dádiva de podermos nos reunir novamente e de celebrarmos o comparecimento das pessoas. Sem dúvida, isso nós já tivemos na caminhada da fraternidade, no sábado passado, que também estava dois anos interrompida e foi feita com muito êxito”, destacou.
O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos), esteve presente na comemoração religiosa e ressaltou que a festividade representa a espiritualidade e obediência às leis divinas. “Eu sou cristão e aqui é uma festa da espiritualidade, de quem obedece as leis divinas. Vim prestigiar a festa e a procissão e nesse evento, eu não poderia deixar de estar presente, mesmo eu tendo estado com covid há alguns dias, agora estou bem", pontuou o gestor.
A dona Célia Gomes, de 71 anos, uma das fíeis que compareceu a procissão e é uma das sobreviventes da covid-19, relatou que nunca perdeu a fé e assim que teve a oportunidade, voltou a participar das celebrações religiosas.
“É um momento único, é uma vitória, eu sou sobrevivente da covid e eu nunca perdi a minha fé. Logo que eu tive a oportunidade de ir para igreja eu ia todos os domingos. Esse é o momento de agradecimento só de louvar, só de gratidão. Eu sou da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes”, contou Célia Gomes.
A dona Maria Carnecita Campelo da Fonseca, 72 anos, conversou com o GP1 e afirmou ter ido doente para a procissão. Ela foi a primeira a chegar no local e acompanhou a procissão. “Sempre vim, vim doente, com pedra da vesícula, estava internada, cheguei cedo, não tinha ninguém por aqui e eu vou aguentar e acompanhar a procissão”, disse.
Confecção do tapete
O padre Klebert Viana, pároco da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora das Dores, disse que o tapete da comemoração estava sendo produzido desde ontem a noite e que representa uma manifestação de fé. “Desde as 20h de ontem, estavam aqui confeccionando os tapetes para a procissão passar. Aqui é sobre Cristo, a festa é dele, é uma manifestação da fé das pessoas”, afirmou.
A celebração foi iniciada com uma missa às 17h e após isso, os fiéis saíram em procissão que partiu da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora das Dores e seguiu até a Igreja São Benedito.
Significado
O Corpus Christi é uma celebração da igreja católica em comemoração o Santíssimo Sacramento da Eucaristia. A Festa de Corpus Christi surgiu no século XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia.
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