Renato Rodrigues
Paulo Vitalino
O River-PI não vem bem dentro e fora de campo, já que além de não conseguir a classificação para o mata-mata do Piauiense 2022, funcionários do clube denunciam falta de pagamento e insalubridade no centro de treinamento Afrânio Nunes.
Segundo relatos coletados pelo GP1 Esporte, os trabalhadores estão há cerca de quatro meses sem receber salários, entre, vigias, cozinheiros, zeladores, piscineiros, roupeiros e pessoas do escritório. “Quem olha de fora pensa que está tudo uma maravilha, mas lá dentro não está. Uma vez chegou o Ministério [Público do Trabalho] lá e eles mandaram a gente se esconder. Não queria que estivesse nessa situação, não vou mentir” disse o funcionário.
A indignação aumenta, segundo o funcionário, ao saber que não há, de fato, uma mínima satisfação por parte da direção tricolor sobre uma possível data em que os pagamentos serão efetuados. Ele afirmou ainda que a última vez que o presidente esteve no CT Afrânio Nunes foi após a eliminação no Campeonato Estadual, com uma virada do Parnahyba.
“Ele só veio uma vez esse ano para nos pagar e só apareceu aqui uma ou foi duas vezes, mas assim, ele pouco fala com a gente. Na última vez ele não falou que iria pagar tal dia, e na situação que está ele não vai aparecer mesmo. Eles estão enrolando, você manda mensagem e não tem previsão. Por que deixa trabalhar? Por que não dá explicação?”, relatou o funcionário.
A nossa reportagem, os funcionários relataram que esta não é a primeira vez que os funcionários passam por esta situação. Em gestões anteriores, o clube uma vez mais teve problemas financeiros, a mudança, segundo os relatos, é a falta de transparência com quem no Galo trabalha. "Já aconteceram outras vezes de atrasar só que eles chegavam, tipo assim, pagavam um mês dentro do outro, mas pagava e dava uma satisfação. A gente está praticamente abandonado", afirmou o funcionário.
Um dos fatores para essa ocasião é o fato de o clube profissional não está na ativa, já que o Campeonato Piauiense encerrou em abril e o clube não conseguiu vaga para nenhuma competição nacional. O único ativo atualmente é o sub-20, que se apresentou na terça-feira (31) para o estadual da categoria. A competição da base terá início no dia 25 de junho.
Outro lado
O GP1 Esporte procurou a diretoria do River sobre os fatos narrados na reportagem. Em resposta, a diretoria riverina, através de sua assessoria, disse não haver mais de um mês com pagamentos atrasados, constando débitos referentes apenas ao mês de abril e que os pagamentos serão realizados até 10 de junho.
Confira a nota:
A diretoria do River informa que não procede a informação de que os funcionários do clube estão com três meses de salários em atraso. A pendência que consta é referente ao mês de abril. O mês de maio ainda não pode ser considerado atrasado, pois não chegou o quinto dia útil. Os dois meses serão pagos até o dia 10 de junho. A diretoria informa ainda que tais situações foram provocadas em decorrência de vários problemas remanescentes de gestoes anteriores, o que está dificultando as movimentações financeiras do clube. A equipe gestora está trabalhando para resolver tudo o mais rápido possível.
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