Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (17), o delegado Francisco Costa, o Barêtta, relatou que a polícia segue na investigação sobre o caso de Lucas Vinícius Monteiro Oliveira, e explicou que até o momento não há nenhum fator que possa classificar o desaparecimento do jovem como crime, mas destacou que a polícia ainda não pode descartar a hipótese de homicídio. Lucas desapareceu no Rio Poti na madrugada do último dia 24 de abril.
“Nós estamos trabalhando com a figura de um desaparecimento civil, até agora não descambando para crime, mas a investigação está andando, e o que acontecer, seja um desaparecimento civil, ou seja desaparecimento criminoso, evidentemente que a Polícia Civil, por meio do DHPP, vai dar essa resposta”, afirmou o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Questionado sobre a relação entre o desaparecimento do jovem com o corpo que foi encontrado carbonizado em um pneu no dia 30 de abril, o delegado Barêtta explicou que apesar de não haver nenhuma ligação aparente entre os dois casos, a polícia vai realizar a coleta de material genético para fazer o confronto com o material dos familiares de Lucas Vinícius, para que a teoria seja esclarecida.
“Um caso não tem nada a ver com o outro, inclusive não tem nenhuma ligação aparente. Contudo, a doutora Fernanda, bem como o delegado Bruno, requisitou que fosse colhido o material genético, e que fosse feito confronto no Instituto de DNA forense com os familiares, para que seja eximida qualquer dúvida”, explicou.
Depoimento da namorada
Segundo o coordenador do DHPP, até o momento não há inconsistências no depoimento da namorada de Lucas Vinícius. Barêtta reforçou que a polícia está fazendo uma compilação entre todas as informações colhidas, para que assim chegue a um resultado concreto.
“Até agora não [não há incoerência no depoimento da namorada]. A gente está fazendo toda uma compilação da investigação, eu aprendi muito cedo que em investigação a gente não pode teorizar sem antes conhecer todos os elementos da investigação”, frisou Barêtta.
Ponte sem monitoramento
Ainda durante a entrevista, o delegado ressaltou que a investigação sobre o caso está bastante adiantada, mas que existe uma demora porque a polícia deve seguir os procedimentos dentro da legalidade. Barêtta também lamentou o fato de a Ponte Juscelino Kubitschek não possuir câmeras de monitoramento.
“É evidente que a investigação está bem adiantada, a delegada tomou algumas providências, que estão demorando porque nós temos que nos escorar na legalidade. Infelizmente a nossa ponte não tem nenhum monitoramento, mas isso não faz com que a Polícia Civil fique algemada para chegar à verdadeira circunstância do que realmente aconteceu”, concluiu.
Ver todos os comentários | 0 |