Fechar
GP1

Teresina - Piauí

Mulher morta em confronto com a PM em Teresina era membro de facção

Maria Clara Marinho Santos, de 22 anos, residia em Timon e possuía uma extensa ficha criminal.

Maria Clara Marinho Santos, de 22 anos, vulgo “Talismã”, que foi morta em um confronto com policiais do 6º Batalhão da Polícia Militar na madrugada desta sexta-feira (22), era membro de uma facção criminosa e possuía uma extensa ficha criminal.

O GP1 apurou que Maria Clara respondia há vários processos na Comarca de Timon, no Maranhão, onde ela residia. A mulher já tinha passagens na polícia pelos crimes de roubo, roubo majorado, tráfico de drogas e receptação.


Foto: Reprodução/WhatsAppMaria Clara Marinho Santos
Maria Clara Marinho Santos

Maria Clara Marinho também era ré na Justiça do Maranhão pelo assassinato de Matheus Salgado Lima, de 21 anos, sequestrado por uma facção criminosa e executado a tiros no residencial Cocais, na cidade de Timon, em dezembro de 2021.

Nesse processo em questão, Maria Clara respondia pelos crimes de homicídio, organização criminosa, sequestro, cárcere privado, lesão corporal e ocultação de cadáver.

No momento em que foi morta, a mulher usava tornozeleira eletrônica. Isso porque mesmo respondendo a todos esses crimes ela havia sido solta em dezembro de 2021, com a justificativa de que na época estava gestante e tinha um filho pequeno. Maria Clara deveria estar cumprindo prisão domiciliar.

Entenda o caso

Maria Clara Marinho Santos, de 22 anos, morreu em um confronto com policiais do 6º Batalhão da Polícia Militar na madrugada desta sexta-feira (22), na Vila Concórdia, zona sul de Teresina.

Foto: DivulgaçãoMulher de 22 anos morre em confronto com a PM em Teresina
Mulher de 22 anos morre em confronto com a PM em Teresina

Conforme informações repassadas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Militar do Piauí, Maria Clara e outras quatro pessoas estavam dentro de um veículo Kwid de cor prata, quando receberam ordem de parada, mas não obedeceram. Após uma perseguição, houve uma troca de tiros com a guarnição da PM. Maria Clara foi baleada nas costas e morreu no local da ocorrência.

DHPP investiga o caso

Em entrevista ao GP1 na manhã desta sexta-feira (22), o diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, explicou como ocorreu a dinâmica da ocorrência e disse que os policiais que estavam no local serão investigados.

“O relato fornecido é que três mulheres com dois indivíduos andavam esse veículo e por volta de 1h no bairro Lourival Parente, avistaram uma viatura da Polícia Militar, a viatura fez sinal para que eles parassem, a mulher que faleceu, segundo consta, usava tornozeleira e tinha saído recentemente da penitenciária por roubo e tráfico de drogas. Ela pediu que o condutor parasse e o condutor acelerou, a viatura perseguiu, houve disparo de arma de fogo, em um certo momento eles pararam e as mulheres viram que a vítima estava desfalecida e sangrando. Já os indivíduos fugiram em um matagal”, relatou Barêtta.

Foto: Alef Leão/GP1Delegado Barêtta
Delegado Barêtta

Ainda conforme o diretor do DHPP, a conduta dos policiais envolvidos na ocorrência será apurada. “Já distribui o inquérito policial, a guarnição vai ser ouvida, o inquérito policial vai dizer o que houve. Vai ser periciado o veículo, as outras duas mulheres vão ser ouvidas, pois estavam em completo estado de embriaguez e no momento oportuno vai ser esclarecido tudo. Vamos verificar se a viatura agiu dentro das conformidades que manda a excludente de ilicitude ou se houve algum excesso por parte dos policiais militares”, ressaltou Barêtta.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.